Republicanos pede alerta da sociedade contra a exploração sexual infantil

Com o aumento no número de denúncias de exploração sexual infantil, o Republicanos alerta sobre a importância de denunciar em caso de suspeita

Publicado em 18/5/2020 - 17:07 Atualizado em 3/6/2020 - 14:35

Brasília (DF) – Milhares de crianças e jovens brasileiros ainda sofrem com o abuso e a exploração sexual infantil. Os dados são do Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos, que mantém o serviço do Disque 100. Somente nos primeiros quatros meses deste ano, 37.546 denúncias de abuso sexual infantil foram registrados, um aumento de 14,12% em relação ao mesmo período do ano passado. Para enfrentar esse grave problema social, o Republicanos tem defendido aprovação de projetos para garantir a proteção das crianças e adolescentes, e debatido o tema com especialistas para proporcionar uma conscientização maior da sociedade sobre a importância da denúncia pelo Disque 100.

Nas redes sociais, o deputado federal Roberto Alves (Republicanos-SP) publicou um vídeo de conscientização da importância da denúncia no combate ao abuso e exploração sexual infantil. “Se você perceber que uma criança ou adolescente é vítima de abuso sexual, denuncie no Disque 100! O lugar do abusador é na cadeia. O problema não é meu, o problema é nosso, frisou o parlamentar. O republicano é presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Câmara dos Deputados. Ele é um defensor dos direitos infantis na Câmara e conta com o apoio da Bancada Republicana para criar projetos e políticas públicas de proteção às crianças. 

Os dados demonstram uma triste estatística: o número de denúncias aumentou de 14,1% nos primeiros quatros meses de 2020 em comparação ao ano passado. De janeiro a abril de 2019, foram 32,9 mil registros e, no mesmo período deste ano, o número saltou para 37,5 casos. O mês de abril foi o que mais registrou aumento de denúncia, com 37,6% no comparativo com o mesmo período do ano passado.

O isolamento social imposto pelo avanço do novo coronavírus (Covid-19) pode representar um risco para as crianças. Muitas vezes, o abusador está dentro da própria casa e com o aumento do tempo de convivência, os casos de denúncia aumentaram 37,6% na comparação das informações de abril deste ano com o mesmo mês do ano passado. Em 2019, foram 7.243 denúncias e, neste ano, o número de denúncias feitas no mês de abril saltou para 9.965 casos.

Dados oficiais apontam que 70% dos casos de exploração sexual infantil são praticados no ambiente doméstico. Pais, mães, padrastos e outros parentes são os que mais abusam e maltratam crianças e adolescentes. Os dados são do último levantamento nacional do Disque 100, com base nos casos registrados em 2018. “O meu recado vai para você que se preocupa com nossas crianças. É preciso ter coragem, determinação, para denunciar qualquer ato conta as crianças e adolescentes. o problema não é meu, o problema é nosso”, enfatizou o deputado federal Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF).

Sinais que tem algo errado

De acordo com especialistas, as crianças demonstram que estão sofrendo algum tipo de exploração. O comportamento agressivo, com choros e gritos são sinais que tem algo errado em casa. Neste momento, os responsáveis, parentes e até vizinhos têm de ficar de olho para acompanhar a criança e entender melhor a situação. Além disso, é preciso ficar em alerta com o surgimento de manchas de machucado no corpo, rejeição à alimentação, descuido com a higiene pessoal e mudanças repentinas de humor.

Outra manifestação que precisa ser analisada são o surgimento de comportamentos impróprios para a idade da criança, como perguntas sobre assuntos sexuais e, até mesmo, brincadeiras que envolvam o assunto. Neste momento, é preciso investigar, sem assustar a criança para conseguir obter o maior número de informações possíveis.

Maio Laranja

Neste ano, uma campanha nacional está em curso para ampliar a rede de proteção e alertar a população sobre suspeita de abuso e exploração sexual. Durante o mês, órgãos públicos nacionais, estaduais e prefeituras de todo o país estão realizando campanhas de conscientização contra qualquer tipo de maus-tratos infanto-juvenil. O Maio Laranja tem o objetivo de alertar os pais, parentes, responsáveis e vizinhos sobre a importância de denunciar toda forma de agressão às crianças, principalmente, a sexual.

Além de postagem nas suas redes sociais, a instituição gravou dois vídeos e um programa de rádio sobre o tema, que trazem orientações sobre como identificar sinais de violência e como comunicar aos órgãos competentes sem medo e sem culpa. As ações integram o Maio Laranja, mês destinado ao enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes.

Por Agência Republicana de Comunicação (ARCO)

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