Coronavírus: Republicanos defende ação intensa contra fake news

Coronavírus: Republicanos defende ação intensa contra fake news

Presidente da Frente Mista de Enfrentamento às Fake News, Márcio Marinho aconselha as pessoas a tomarem cuidado com que o compartilham sobre o coronavírus

Publicado em 6/3/2020 - 00:00 Atualizado em 3/6/2020 - 11:56

Brasília (DF) – O crescente pânico em torno da epidemia coronavírus iniciada na China e expandida para diversos países, inclusive o Brasil, tem levado pessoas a buscarem serviços médicos para se certificarem de que estão livres da doença, a chamada Covid-19.

De acordo com o site do Ministério da Saúde, coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. A transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas. Os principais sintomas são febre, tosse e dificuldade para respirar. O vírus pode causar pneumonia e até levar à morte. O novo agente do coronavírus foi descoberto no último dia do ano passado, após vários casos registrados na China.

O aumento do número de casos no mundo ampliou o clima de medo, que precisa ser combatido com informações precisas, incluindo o esforço para desmentir as incontáveis notícias falsas – as fake news que circulam em grande proporção.

Desde o surgimento dos casos de brasileiros que residiam na China aos casos confirmados com a epidemia aqui no Brasil, o Ministério da Saúde em contato com a organização Mundial da Saúde (OMS) tem cumprido com o papel de levar informação e se colocar à disposição para esclarecer e auxiliar sobre o vírus e as medidas que estão sendo tomadas para contê-lo.

O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, garantiu a deputados na quarta-feira (4) que os protocolos para prevenção ao coronavírus estão sendo seguidos em portos, aeroportos e fronteiras. Ele falou à comissão externa da Câmara que acompanha o assunto.

De acordo com Torres, cabe à Anvisa, em parceria com funcionários de portos e aeroportos e, no caso das fronteiras, com autoridades sanitárias locais, receber informações sobre possíveis doentes para que eles sejam encaminhados para testes e quarentena, conforme o caso. “Esses protocolos definem atuações, definem responsabilidade naquilo que chamei de primeira linha, que é a atuação de um grupo que chamamos de gerência geral de portos, aeroportos e fronteiras, o GGPAF”, pontuou. 

O Brasil tem, até a última atualização, nove casos confirmados e 636 suspeitos de coronavírus aguardando resultados de exames para comprovar ou descartar a infecção. Mais de 70 países já registraram a presença do vírus. Outras 378 pessoas tiveram os diagnósticos descartados e confirmados para outras doenças — a maior parte deles tinha influenza, um vírus que circula normalmente no inverno.

Os especialistas orientam que é preciso serenidade e atentar-se para as medidas de prevenção. Segundo os médicos, a maioria dos infectados contrairá uma espécie de gripe comum. Ainda de acordo com os profissionais da saúde, o índice de morte deste coronavírus é relativamente baixo: 3,4% na China, 1,5% fora de lá, bem menor que o ebola (51%), abaixo da Síndrome Respiratória Aguda Grave (9,6%).

O deputado federal Márcio Marinho (Republicanos-BA), presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate à Veiculação de Fake News, aconselha as pessoas a tomarem cuidado com que o compartilham sobre o coronavírus.  

“Muitas informações falsas têm circulado nas redes sociais e em aplicativos de mensagens sobre o coronavírus, contestando a eficácia de medidas preventivas como o uso do álcool em gel, por exemplo, causando pânico na população. Ainda não foi comprovado a circulação do vírus no Brasil, pois os casos confirmados são de pessoas que estiveram em países onde há a presença do vírus. Por isso, buscar informações responsáveis e verídicas, oriundas de fontes seguras, como o Ministério da Saúde, é extremamente importante”, defendeu Marinho.

Medidas de combate ao coronavírus

Como parte das ações contra a epidemia, o Congresso Nacional aprovou, no início de fevereiro, a Lei 13.979/2020 que garante ao Ministério da Saúde todos os instrumentos para enfrentar eventuais emergências de saúde pública com o coronavírus. Entre as medidas que poderão ser adotadas estão isolamento ou quarentena de pessoas, e o fechamento de portos, rodovias e aeroportos para entrada e saída do país.

Também poderão ser determinadas a realização compulsória de exames, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e outras medidas profiláticas e tratamentos médicos específicos.

Prevenção

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão: lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização; se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool; evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; e limpar e desinfetar objetos (celulares) e superfícies tocados com frequência.

Fake news

Diante das diversas informações falsas sobre o coronavírus, o Ministério da Saúde criou um canal para mapear mensagens e esclarecer o que é falso e o que é verdadeiro. As informações vão desde boatos de cura até teorias da conspiração. O número para recebimento das mensagens é (61) 99289-4640. Em um relatório divulgado na sexta-feira (28/02), o governo afirmou ter recebido 6,5 mil mensagens entre 22 de janeiro e 27 de fevereiro, das quais 90% eram relacionadas ao novo vírus e, dessas, 85% eram falsas. 

A Organização Mundial de Saúde também apontou as fake news como um dos principais desafios em relação ao coronavírus. O Ministério da Saúde, por meio da Plataforma Integrada da Vigilância, divulga os dados atualizados sobre os casos de coronavírus no Brasil e no mundo. 

Como se proteger (Arte) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Texto: Agência Republicana de Comunicação (ARCO)
Foto 1: Gerd Altmann por Pixabay
Foto 2: Douglas Gomes 

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