Violência contra mulheres no Brasil: aumento alarmante em 2023

A cada 24 horas, ao menos oito mulheres são vítimas de violência

Publicado em 13/3/2024 - 09:44

Brasília (DF) – Em 2023, o Brasil registrou um alarmante aumento nos casos de violência contra mulheres, desafiando os esforços nacionais para combater esse grave problema. De acordo com um relatório divulgado pela Rede de Observatórios da Segurança, o país viu um incremento de 22,04% nos casos de violência doméstica, com um total de 3.181 mulheres afetadas, evidenciando uma crise contínua que exige ação urgente.

Dentre os casos relatados, 586 foram classificados como feminicídios, indicando uma trágica frequência onde, a cada 15 horas, uma mulher é morta devido à sua condição feminina. Esse número reflete não apenas a violência doméstica, mas uma questão mais profunda de desigualdade e discriminação.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), secretária nacional do Mulheres Republicanas, por meio de suas redes sociais, expressou consternação diante do aumento de feminicídios, citando que em 2023, os assassinatos de mulheres, devido à sua condição feminina, superaram os números do ano anterior. “Estamos todos tristes com as estatísticas de 2023, mostrando um aumento dos feminicídios… Isso me traz uma enorme preocupação: o que vai acontecer em 2024?.”

Ela também criticou o governo atual, que descontinuou o plano nacional de enfrentamento ao feminicídio, iniciado em 2021, que destinava significativos recursos para o combate a essa violência, e enfatizou a importância da continuidade nas políticas públicas eficazes. “Aquilo que está dando certo, a gente não interrompe!”, comentou.

Por sua vez, Cristiane Britto, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, e secretária-geral executiva do Mulheres Republicanas, destacou a importância da conscientização e da educação na luta contra a violência de mulheres, afirmando que “é crucial a atenção de toda a sociedade” para combater as diversas formas de violência, que vão desde agressões físicas a violências emocional e psicológica.

Os dados referem-se a oito dos nove estados monitorados: BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ, SP. O relatório também trouxe à luz o aumento da violência em estados específicos, com São Paulo apresentando o maior número de casos. Seguido de perto pelo Rio de Janeiro e pelo Piauí, este último observou um crescimento quase dobrado em relação ao ano anterior. A Região Nordeste, em particular, mostrou-se especialmente afetada, com números alarmantes de feminicídios em Pernambuco e Bahia.

Estes dados reforçam a urgência de uma resposta coordenada e robusta para proteger as mulheres. O Brasil pode e deve se empenhar mais para garantir a segurança para todas as brasileiras.

Texto: Ascom Mulheres Republicanas
Foto: Jefferson Rudy – Agência Senado

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