Setembro Amarelo: é preciso ficar atentos ao sinais de depressão infantil

Artigo escrito pela deputada federal Maria Rosas (Republicanos-SP)

Publicado em 28/9/2022 - 14:21

São Paulo (SP) – No “Setembro Amarelo” é fundamental falar sobre a depressão infantil, quadro clínico cada vez mais comum em todo o mundo. Assim como os adultos, as crianças enfrentam adversidades e carecem de ajuda profissional, familiar e solidária. Fatores de risco, como histórico de suicídio na família, bullying, cyberbullying (violência praticada na internet), situações de violência doméstica, no caso em que os pais que são muito agressivos, não só fisicamente, mas também verbalmente aumentam a probabilidade de manifestação da doença.

A depressão infantil apresenta sinais que podem ser confundidos com atitudes comuns, como irritabilidade e choro excessivo. Há também alterações de autocuidado, além da culpa excessiva e da falta de esperança. Podem existir comportamentos de automutilação, alterações de alimentação e no sono, isolamento social e queda do rendimento escolar.

Como a criança não compreende totalmente os sentimentos de tristeza e ansiedade e ainda não tem um repertório de comunicação adequado, é mais fácil expressar queixas sobre dores físicas do que emocionais. Ela chora, grita e apresenta condutas que podem ser interpretadas como “birra”. Na maioria dos casos, o tratamento inclui sessões de psicoterapia e uso de medicamentos, porém o apoio dos pais e professores é muito importante.

Como deputada defensora da causa da educação, entendo que é essencial estimular as escolas a estabelecerem expectativas muito claras do que é um comportamento aceitável. Os mentores devem aprender a identificar os locais dentro da escola onde o bullying e o cyberbullying podem ocorrer e supervisioná-los regularmente. Além disso, estarem atentos aos sinais de violência familiar.

De acordo com a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem com a depressão. Mas e como ajudar?

Primeiro, promovendo um estilo de vida saudável, ora com rotinas para impor disciplina, ora com diversões para o relaxamento. Manter constante comunicação com a criança, procurando saber sobre seu bem-estar e sua vida fora do ambiente familiar (escola, casa de amigos) não apenas deixa os pais informados, mas também demonstra interesse por parte deles. Garantir que tudo ficará bem quando a criança cometer erros ou se sentir desanimada é uma maneira de trabalhar sua autoestima e autoconfiança. Por fim, estar presente em todas as fases do tratamento da criança, acolhendo, demonstrando carinho, oferecendo abraços e palavras de amor é fundamental.

Como deputada federal, luto pela garantia dos direitos da criança e do adolescente, me proponho, sobretudo, a desenvolver serviços sociais, políticas e ações que estimulem o lúdico, a educação de qualidade, o respeito e o amor as nossas crianças.

*Os artigos publicados no Portal Republicanos são de responsabilidade de seus autores
Foto: cedida

Reportar Erro
Send this to a friend