CCJ aprova tratamento isonômico a religiões em políticas de turismo religioso

Projeto quer igualdade entre crenças na formulação de políticas públicas

Publicado em 16/7/2025 - 09:00 Atualizado em 17/7/2025 - 09:27

Brasília (DF) – A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, nesta semana, o Projeto de Lei 2437/22, que estabelece tratamento isonômico a todas as religiões nas políticas públicas voltadas ao turismo religioso. A proposta, de autoria do ex-deputado Roberto Alves (Republicanos-SP) e recebeu parecer favorável do relator, Diego Garcia (Republicanos-PR).

No relatório, Diego defendeu a aprovação do texto e destacou seu caráter de neutralidade. “A proposição reforça a neutralidade estatal ao vedar a adoção de políticas públicas que favoreçam determinadas crenças em detrimento de outras”, afirmou Garcia. Segundo ele, a medida visa garantir que o Estado promova ações de fomento ao turismo religioso com base em critérios justos e imparciais.

O texto determina que todas as crenças religiosas sejam tratadas com igualdade nos processos de elaboração e execução de políticas de incentivo ao setor, reconhecendo o papel cultural e econômico do turismo religioso em diversas regiões do país.

A iniciativa se alinha com princípios constitucionais de liberdade religiosa e laicidade do Estado, buscando evitar privilégios institucionais e fortalecendo o respeito à diversidade de crenças no Brasil.

Roberto Alves comemorou a aprovação na CCJ. O ex-parlamentar também citou dados mostrando que o turismo religioso gera mais de R$ 15 bilhões todos os anos. “Nossa missão é permitir que todos os municípios que tenham o turismo religioso, possam receber recursos para a construção e melhorias de seus municípios”, disse. “Nossa ideia é levar desenvolvimento regional, emprego e qualificação educacional”, completou.

Próximos passos

Após ser aprovadas nas comissões de Turismo e de Constituição e Justiça da Câmara, a proposta será analisada diretamente pelo Senado. Caso haja recurso para votação no Plenário da Câmara, ela retorna a casa onde nasceu o projeto. A expectativa é que a tramitação continue nos próximos meses, com possível votação ainda neste ano.

Texto: Com informações da Agência Câmara de Notícias
Foto: Júlio Dutra

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