Debate promovido pelo deputado Capitão Alberto Neto reuniu gestores prisionais de estados como Paraíba, Ceará e São Paulo, que compartilharam experiências exitosas
Publicado em 19/11/2019 - 00:00 Atualizado em 23/6/2020 - 14:46
Brasília (DF) – Sob comando do deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos – AM), foi realizado nesta terça-feira (19), o I Fórum de Desenvolvimento, Qualificação Profissional e Boas Práticas Prisionais. Para o parlamentar, presidente da Frente Parlamentar Mista de Desenvolvimento Estratégico do Sistema Penitenciário, Combate ao Narcotráfico e Crime Organizado no Brasil, a segurança pública vive um ciclo vicioso.
“Quadrilhas inteiras de traficantes perigosos são presas e, mesmo assim, continuam a vida criminosa. Na cadeia, onde eles deveriam pagar suas penas e afastados da sociedade, eles têm acesso a celulares. É como se a polícia tivesse trabalhando para o crime”, argumentou o Capitão.
O diretor de Políticas Penitenciárias do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Sandro Barradas, chamou atenção para os níveis elevados da criminalidade no país. “As penitenciárias são como quarteis generais do crime organizado. A grande quantidade de facções criminosas é o que aumenta a violência. Infelizmente, muitas dessas organizações já se espalharam para outros países, como Paraguai e Bolívia”, disse.
Sandro Barradas defendeu investimento em tecnologia e qualificação. “Hoje o estado de São Paulo tem 130 unidades prisionais automatizadas. Não podemos vulgarizar a atuação do agente penitenciário, temos que automatizar o sistema e investir em profissionalização, há muitos estados com dificuldades em contratar mão de obra qualificada”.
Alberto Neto também abordou os problemas que a polícia penal enfrenta. “Essa é a profissão mais perigosa do mundo. Precisamos lembrar que não há máquinas capazes de substituir o homem no exercício dessa profissão. Temos que minimizar os riscos e oferecer condições para os agentes penitenciários trabalharem bem, com proteção para eles e suas famílias”, argumentou.
O republicano explicou que a prioridade da Frente Parlamentar é a criação da polícia penal. “Esse trabalho começou a ser feito em mandatos anteriores, por outros parlamentares, e a Frente comprou a ideia. A criação da polícia penal vai ser um marco para a mudança da segurança pública brasileira. Vamos criar um conceito novo”, adiantou.
O evento contou com a presença de gestores prisionais de estados como Paraíba, Ceará e São Paulo, que compartilharam experiências exitosas. Além da qualificação profissional e da implantação de tecnologia foram debatidas outras práticas relevantes para a melhoria do sistema penitenciário.
Texto: Fernanda Cunha – Ascom da Liderança do Republicamos
Fotos: Douglas Gomes
Edição: Agência Republicana de Comunicação (ARCO)