Proposta teve relatoria do deputado republicano Gil Cutrim
Publicado em 5/8/2021 - 19:28
Brasília (DF) – O Projeto de Lei 591/21, que trata da modernização do sistema postal brasileiro, foi aprovado pela Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (5). “O primeiro Marco Regulatório dos Correios será fundamental para estimular a confiança dos investidores e consumidores, garantindo o acesso aos serviços básicos e o bom funcionamento do setor”, afirmou o deputado federal Gil Cutrim (Republicanos-MA), relator da proposta.
O substitutivo apresentado pelo deputado Gil Cutrim visa dar segurança jurídica para que o governo federal possa iniciar o processo de desestatização dos Correios. Dessa forma, a União garantirá a universalidade dos serviços postais, mediante contrato de concessão a ser assinado com a Nova ECT, após a privatização.
A proposta, além de garantir a universalidade dos serviços, cria uma tarifa social para atender os usuários que não tenham condições econômicas de pagar o serviço. O valor pode ser diferenciada geograficamente, levando em consideração o custo de serviço, da demanda e renda do usuário, como também o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ou o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios, garantindo assim, os serviços nos locais mais distantes do nosso país.
O texto prevê assegurar a estabilidade de todos os colaboradores por dezoito meses, sem permitir a demissão que não seja por justa causa e disponibilizando a demissão voluntária, que seguirá os seguintes parâmetros: o colaborador poderá aderir ao plano 180 dias após a desestatização e terá uma indenização correspondente a 12 meses de remuneração, plano de saúde por um ano e programa de requalificação.
Estão assegurados também os serviços de interesse social que são os serviços destinados a prover as necessidades dos usuários, em relação aos documentos oficiais de identificação; os procedimentos realizados para o Poder Judiciário destinados à justificação eleitoral; as campanhas comunitárias, educativas e outras decorrentes de obrigação legal, realizadas pela administração pública federal; os serviços postais e parapostais que sejam classificados como de relevante interesse coletivo, por meio de ato do Poder Executivo federal, nas hipóteses de calamidade pública, estado de emergência, estado de defesa ou estado de sítio; e outros definidos em ato do Poder Executivo.
Com o objetivo de valorizar o legado dos Correios a ECT, segundo o relatório do deputado federal Gil Cutrim, passará a se chamar Correios do Brasil. O projeto proíbe também o fechamento das agências que garantam a prestação do serviço postal universal em áreas remotas do país.
Outro ponto relevante no texto é que o governo ainda será o responsável pela fiscalização dos serviços, através da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), que passará a ser a reguladora do serviço, garantindo a sua qualidade.
Texto: Ascom – deputado federal Gil Cutrim
Foto: Douglas Gomes