“Existe alguém que investiu dinheiro para corromper atletas e lucrar com isso? Estamos em parceria com a polícia para encontrar o financiador desse esquema”, diz deputado Albuquerque
Publicado em 2/8/2023 - 17:52 Atualizado em 7/8/2023 - 15:44
Brasília (DF) – Nesta quarta-feira (2), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a manipulação de resultados de jogos de futebol recebeu o representante da superintendência da Polícia Federal em Sergipe, Fabrício Rocha. O deputado Albuquerque (Republicanos-RR) é um dos autores do requerimento da audiência pública.
Albuquerque questionou o andamento das investigações, a existência de novos dados e números acerca da investigação. Ele também reforçou o apoio da comissão ao trabalho da PF. “Existe alguém que investiu dinheiro para corromper atletas e lucrar com isso ? Estamos em parceria com a polícia para encontrar o financiador desse esquema. O nosso objetivo é achar esse alguém”, diz.
Rocha enfatiza que esta é a primeira participação da Superintendência da Polícia Federal em Sergipe nas investigações e que, por isso, não pode afirmar se esquemas como esse já existiam. “A princípio, a questão de manipulação de resultados não é de atribuição da PF, então não temos arcabouço de dados estatísticos em relação a investigações pretéritas para dizer com firmeza se é uma prática recorrente ou não. Por determinação do ministro, dada a importância e o relevo do esporte nacional, agora nós passamos a atuar e vamos analisar para assegurar se esses fatos são corriqueiros”.
De acordo com o representante da PF, por se tratar de assunto sigiloso, ainda não é possível divulgar novos dados. “Como ainda existem investigações em curso em alguns estados, infelizmente não posso fazer um detalhamento maior. Então não tenho dados ou a respeito de novos jogadores, senão aqueles que já são conhecidos”.
Rocha reitera a dificuldade já relatada por outros convidados da CPI, a ausência de representantes no país de empresas estrangeiras que atuam no âmbito das apostas em território nacional. Ainda segundo ele, os esquemas chegam aos milhões de reais. “Na primeira fase da Operação Extração, foi apreendido R$ 12 milhões em espécie de apenas uma empresa. Depois, foi mais de R$ 700 mil”, afirma.
Texto: Fernanda Cunha, Ascom – Liderança do Republicanos
Fotos: Douglas Gomes