Câmara dos Deputados debate importância do teste do pezinho

Debate contou com a participação de deputados republicanos

Publicado em 7/6/2023 - 15:29 Atualizado em 12/6/2023 - 12:20

Brasília (DF) – A Câmara dos Deputados promoveu, na última terça (06), sessão solene em homenagem ao Dia Internacional do Teste do Pezinho. A sessão, foi um pedido da deputada federal Maria Rosas (Republicanos-SP) e celebrou a data instituída pela Lei 11.605/2007, que tem como objetivo informar à sociedade a importância da realização do teste e a obrigatoriedade para todos os recém-nascidos. Também estiveram presentes os deputados do Republicanos Diego Garcia (PR) e Augusto Coutinho (PE), além de especialistas, pacientes com doenças raras detectadas pelo exame, ativistas da saúde da criança, entre outros.
 
O teste do pezinho é realizado sempre nos primeiros de nascimento e consiste na coleta de sangue retirado do calcanhar do bebê e pode identificar possíveis diagnósticos de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas que, se tratadas precocemente, possibilitam o desenvolvimento físico e mental adequado às crianças. 

Maria Rosas aponta que a realização do exame é fundamental para a saúde da criança a curto e longo prazo, pois quanto antes essas doenças forem detectadas, melhores são as possibilidades de tratamento. “Essa sempre será a minha luta para melhorar a qualidade de vida das nossas crianças. O teste do pezinho é uma prova de amor e o primeiro passo para uma vida plena e saudável. O Teste do Amor, mas conhecido como o Teste do Pezinho é fundamental para a saúde e desenvolvimento pleno da criança”, disse a deputada.

Durante o seu mandato, a parlamentar destinou recursos para institutos reconhecidos de SP, como o Instituto Jô Clemente (antiga Apae de São Paulo), que recebeu por emendas de bancada, os valores de R$800 mil e mais R$2.450 milhões para a compra de insumos para os testes, beneficiando mais de 200 mil crianças no estado. 

O presidente do Instituto Jô Clemente, Michel Brull, ressaltou que o evento foi uma oportunidade de sensibilização, conscientização e luta para todos. “Para os bebês, a realização do Teste do Pezinho é um importante marco na história da saúde pública e coletiva brasileira. O principal foco é a prevenção, sendo vital para o diagnóstico precoce de doenças graves e raras, que se, não forem identificadas e tratadas rapidamente, podem levar à deficiência intelectual, sequelas e até óbito”, apontou.

Maria Rosas também lembrou sobre sugestão feita ao Ministério da Saúde que ampliou a lista de doenças que podem ser detectadas pelo teste do pezinho. “Em 2020 também fiz a indicação parlamentar Nº 1180/2020, onde sugeri ao Ministério da Saúde que fosse ampliada urgentemente a lista de doenças testadas na triagem neonatal. Assim, por meio da lei nº 14.154/21, em maio de 2022 foi ampliada para até 50 o número de doenças rastreadas pelo teste de pezinho oferecido pelo Sistema Único de Saúde”, finalizou a republicana.

Saiba mais

Instituto Jô Clemente

O Instituto Jô Clemente é pioneiro no teste do pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde com serviço de referência em triagem neonatal. A instituição realiza 2,5 milhões de testes do pezinho todos os anos, sendo responsável por 67% dos exames feitos em todo o estado de SP, onde milhares de pessoas já foram beneficiadas, tendo seu laboratório, como o maior da américa latina em exames realizados.

Teste do Pezinho

O teste do pezinho é um exame laboratorial feito no recém-nascido entre o 3º e 5º dia de vida, onde é possível diagnosticar doenças raras, genéticas e metabólicas que podem afetar o desenvolvimento do bebê.

Criado em junho de 2001, o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) testou, em 2022, cerca de 2,2 milhões de bebês no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com a pasta, existem aproximadamente 13 milhões de pacientes com doenças raras. 30% deles chegam a óbito antes de completarem cinco anos de idade. O atraso do diagnóstico nesses casos é um dos fatores que contribui para esse cenário.

Em maio de 2022, por meio da lei nº 14.154/21, foi ampliado para até 50 o número de doenças rastreadas pelo teste de pezinho. Antes, o exame só detectava seis enfermidades: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.

Texto: Ascom deputada federal Maria Rosas
Foto: Douglas Gomes

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