Tânia Bastos realiza debate sobre fim da violência de gênero no Rio

Pelo menos 100 mulheres compareceram ao realizado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Publicado em 28/11/2016 - 00:00

Tânia Bastos realiza debate sobre fim da violência de gênero no Rio
“O objetivo deste debate foi refletir sobre os acontecimentos e conscientizar a nossa sociedade que não existe mais espaço para a violência contra a mulher”, disse a republicana

Rio de Janeiro (RJ) – O dia 25 de novembro é uma data marcante para todas as mulheres. Neste dia inicia-se a Campanha Mundial de 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Uma mobilização anual praticada simultaneamente por diversos setores da sociedade civil e do poder público. Na última sexta-feira (25), pelo menos 100 mulheres compareceram ao debate realizado por iniciativa da vereadora Tânia Bastos (PRB-RJ), presidente da Comissão Permanente de Defesa da Mulher da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, com o tema “Viver com dignidade: diga não à violência contra a mulher”.

O encontro contou com a presença das palestrantes: a juíza auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Dra. Adriana Ramos de Mello; a professora Marisa Chaves, coordenadora do Centro de Referência Para as Mulheres Suely Souza de Almeida (UFRJ); e Terezinha Lameira, Secretária Especial de Políticas Públicas da Cidade do Rio de Janeiro.

“O objetivo deste debate foi refletir sobre os acontecimentos e conscientizar a nossa sociedade que não existe mais espaço para a violência contra a mulher. Precisamos resgatar valores e incentivar as mulheres sobre os seus direitos perante a sociedade. Eu acredito que a união entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário junto à sociedade civil construirá novas políticas em defesa da mulher”, disse a vereadora republicana.

De acordo com a juíza Dra. Adriana Ramos Mello, uma pesquisa do Instituto Patrícia Galvão (2013), diz que 85% das entrevistadas na sociedade acham que as mulheres que denunciam os seus parceiros correm mais risco de serem assassinadas das que não denunciam. “A mulher tem medo de morrer. Para ela o silêncio é o caminho mais seguro, por isso ela sofre a violência calada”, ressaltou a Dra. Adriana que também é autora do livro “Feminicídio” – uma análise sociojurídica da violência contra a mulher.

A professora Terezinha Lameira destacou os avanços conquistados com a criação da Comissão. “Há oito anos não havia um órgão formalizado para as mulheres. Começamos a nossa caminhada e hoje tivemos um crescimento considerável da coordenadoria que transformou-se em secretaria especial de políticas para as mulheres. Criamos duas Casas da Mulher Carioca que oferecem diversos cursos especializados para a classe feminina. Atendemos várias mulheres todos os dias anonimamente. A secretaria vem avançando, mas ainda há muito a ser feito”, destacou.

Para a professora e Dra. Marisa Chaves este é um dia especial. “Temos muito mais para lutar do que para comemorar. Nenhum país se desenvolve se não erradicar a violência contra a mulher. As desigualdades são muito mais marcantes na classe feminina. Estamos no subemprego, no mercado informal e não temos nem 11% de representação feminina nos espaços políticos, embora tenhamos tido uma mulher presidente do Brasil. Precisamos mostrar que somos diferentes, mas queremos respeito e igualdade nas diferenças”, falou.

Depoimentos de mulheres em situações diversificadas que já sofreram violência e/ou foram vítimas de terrorismo psicológico comoveram as participantes e serviram como reflexão para todas as presentes.

Tânia Bastos encerrou o evento agradecendo a todos pela presença e participação. Àquelas que se colocaram a disposição para falar dos momentos difíceis que passaram, a parlamentar lembrou que a Comissão irá lutar com veemência juntos aos Poderes para avançar ainda mais em defesa dos direitos das mulheres cariocas.

A campanha irá até 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, passando pelo 6 de dezembro, que é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

Texto: Leticia Namorato / Ascom – vereadora Tânia Bastos
Fotos: André Barbosa

 

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