Republicana recebeu um grupo de aprovados no concurso de 2015 para o cargo de Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial, que aguardam nomeação
Publicado em 25/8/2017 - 00:00
Recife (PE) – Integrantes de grupos de interesse sentaram-se lado a lado com os vereadores membros da Comissão de Educação, Cultura, Turismo e Esportes da Câmara do Recife, na última quarta-feira (23). Na sala de Comissões da Casa de José Mariano, os parlamentares escutaram os aprovados no concurso de 2015 para o cargo de Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial (AADEE), que buscam uma resposta da prefeitura sobre a nomeação dos candidatos. Os vereadores também ouviram críticas do Movimento Dança Recife a dois projetos de lei que tramitam no Poder Legislativo municipal.
Segundo a presidente da Comissão de Educação, a vereadora Professora Ana Lúcia (PRB), será formado um grupo para discutir as nomeações dos AADEEs com o Executivo. “Nos colocamos, mais uma vez, à disposição do grupo de AADEEs aprovados no concurso. Eles apresentaram dados relevantes e nós vamos formar novamente uma comissão junto com a Comissão de Direitos Humanos. Vamos mediar esse diálogo buscando a contratação de mais agentes para o atendimento dessas crianças que precisam tanto desse apoio”, disse a republicana.
De acordo com a representante da comissão dos 642 aprovados no concurso, Walkiria Alves, o certame ofereceu 500 vagas para agentes de apoio – os outros 142 candidatos entraram na lista de cadastro de reserva. Ela informou que 272 servidores já foram nomeados, mas apenas 181 permanecem exercendo a função. “Somos profissionais capacitados para trabalhar com as crianças com deficiência matriculadas na rede municipal do Recife. Podemos atuar durante os dois turnos das escolas, com uma criança em cada turno. Hoje, são cerca de 3500 alunos nessa situação, e virá ainda a demanda das crianças afetadas pelo caso da microcefalia. Estamos na luta até que sejam nomeados todos os AADEEs dentro do quadro de vagas e, se possível, do quadro de reserva”, contou Walkiria.
O debate com o Movimento Dança Recife foi centrado nos projetos de lei nº 231/2017 e nº 232/2017, que propõem mudanças para contratações no setor. A vereadora Professora Ana Lúcia afirmou que a comissão vai levar adiante o debate feito com o movimento. “Nós recebemos um grupo de referência que é articulado aqui no Recife. Eles aglutinam vários movimentos de diversas modalidades e nos procuraram para falar de dois projetos de lei que tramitam aqui na comissão. As colocações deles são bastante pertinentes. Um projeto faz uma reserva de vagas a uma determinada modalidade. E o outro dá poderes a um sindicato para outorgar ou não o direito à docência. Foi uma discussão muito esclarecedora e acredito que chegaremos a um denominador comum”, disse a vereadora do PRB.
Representando o movimento, a artista Silvia Goes explicou o posicionamento do grupo sobre os projetos. “Um dos projetos prevê a reserva de uma contratação para dança de salão a cada três contratações em eventos de dança [realizados pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife]. Nada contra a dança de salão, somos parte de um mesmo movimento e ela é bem vinda, mas não existe justificativa para uma reserva de mercado. O outro projeto daria ao Sindicato dos Artistas o poder de decidir quem estaria apto ou não a ensinar dança nas escolas. O sindicato não tem essa função e seria um erro tremendo entregar a ele esse poder”, disse.
Texto e foto: Ascom – Câmara Municipal do Recife
Edição: Agência PRB Nacional
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