Republicanas levam serviços básicos de saúde para mulheres
Publicado em 19/8/2013 - 00:00
Goiânia (GO) – O movimento PRB Mulher de Goiás, liderado por Rosa Bravo, apoia o trabalho das Comunidades Negras e Quilombolas do estado, que são coordenadas pela militante do PRB, Marta Ivone de Oliveira. Apenas no estado goiano existem cerca de 123 comunidades identificadas.
De acordo com Marta Ivone, o projeto começou pequeno, mas conta atualmente com a participação e empenho de dezenas de mulheres. “O objetivo do trabalho é levar a essas comunidades serviços sociais básicos como: médico, enfermeiro, dentista e palestrantes para falar sobre conscientização política. E, o mais importante, incentivar a valorização das mulheres negras no quilombo”, explica a militante.
Segundo a coordenadora das Comunidades Negras e Quilombolas, o trabalho não tem sido fácil, principalmente quando se trata de levar informação à comunidade sobre seus direitos. “Levamos conhecimentos dos programas do governo que eles não sabem nem como participar. Também levamos roupas, sapatos, cestas básicas e, a partir do momento que a gente conscientiza, elas mudam. Todo esse trabalho é realizado pelas mulheres do PRB”, comemora Marta.
Segundo ela, trabalhar com o PRB é um privilégio, pois o partido é fortemente posicionado contra o racismo já que o grupo dela possui 80% de mulheres afrodescendentes. “O PRB acolhe essas mulheres sem preconceito, o PRB não olha raça, cor, se é pobre ou rico, se é magro ou gordo se é bonito ou feio. Esta é a importância do PRB Mulher nas comunidades”, completa a coordenadora Marta Ivone.
Conheça como surgiram os Quilombos
Os quilombos surgiram a partir do início do ciclo da mineração no Brasil, quando a mão de obra escrava negra passou a ser utilizada nas minas, especialmente de ouro, espalhadas pelo interior do Brasil. Em Goiás, esse processo teve início com a chegada de Bartolomeu Bueno da Silva, em 1722, nas minas dos Goyazes.
Segundo relatos dos antigos quilombolas, o trabalho na mineração era difícil e a condição de escravidão na qual viviam tornavam a vida ainda mais dura. As fugas eram constantes e àqueles recapturados restavam castigos muito severos, o que os impelia de procurar refúgios em lugares mais isolados, dando origem aos quilombolas.
Texto: Eulla Carvalho / Agência PRB Nacional
Edição Jamile Reis / Agência PRB Nacional
Fotos: Douglas Gomes
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