O principal tema abordado pela republicana foi o impacto da violência contra as mulheres na saúde mental
Publicado em 31/1/2021 - 08:00
Uberlândia (MG) – Nesta quarta-feira (27), a secretária do Mulheres Republicanas Minas Gerais, Luciana Crepaldi, participou de uma live em comemoração ao Janeiro Branco – mês que visa a conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde mental. A republicana, além de estar à frente do movimento na região, também é psicóloga e contribuiu com um tema importante: o impacto na saúde mental da violência contra as mulheres.
De iniciativa do Grupo Mulheres do Brasil, a republicana iniciou falando sobre os dados da violência no país e no estado. “Para a gente ter uma ideia, em 2019 foram mais de 82 mil inquéritos em Minas Gerais. A gente pensa que no geral a cada quatro minutos uma mulher é agredida no Brasil e Minas não tem ficado atrás disso, infelizmente. De janeiro de 2018, quando a Lei do Feminicídio foi criada, a julho de 2020 foram 1.011 crimes. Mais de mil mulheres morreram por questão de gênero, o que é muito sério”, explica.
Os especialistas acreditam que esses números aumentaram ainda mais com a chegada da pandemia do coronavírus, quando mulheres se viram obrigadas a conviver 24 horas por dia com os seus agressores. Um dos perigos dessa vivência com a violência é a agressão psicológica, de acordo com Luciana Crepaldi, muitas vezes as mulheres não percebem que estão no lugar de vítimas.
“Se informar é necessário. A informação nos tira do lugar de violência. Xingar, proibir e humilhar são formas de violência. No processo de adoecimento da dependência emocional, a mulher começa a se isolar da sociedade e se afasta cada vez mais das pessoas que podem ajudá-la. Então é importante que a vítima tenha disponibilidade de ouvir e de se deixar ser ajudada”, defende.
Republicanas engajadas
Crepaldi assumiu a liderança do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, no núcleo de Uberlândia – Grupo Mulheres do Brasil, no último dia 15. Segundo Crepaldi, trata-se de um desafio de suma importância para novas diretrizes de enfrentamento à violência. “É uma gratidão estar à frente desse importante trabalho para vencer os obstáculos da discriminação e as diversas formas de violência contra a mulher na região do Triângulo, ressalta.
O comitê integra um grupo de trabalho que propõe ações de engajamento com as esferas sociais em Uberlândia, como a luta pela igualdade de gênero, oportunidades e o enfrentamento à violência contra a mulher.
O Grupo Mulheres do Brasil foi criado em 2013 por 40 mulheres de diferentes segmentos com o intuito de engajar a sociedade civil na conquista de melhorias para o país, com ações de interlocução entre os poderes, empresas e sociedade.
Texto: Gabbriela Veras | Ascom Mulheres Republicanas Nacional, com informações da Ascom Republicanos MG
Foto: divulgação