Os desafios da inserção de mais mulheres na política

Tia Ju reflete sobre o que afasta as mulheres da política e o que pode ser feito para reverter esse cenário

Publicado em 2/3/2022 - 09:10

Olá, mulheres republicanas de todo o Brasil!

Estava refletindo esta semana sobre o que afasta as mulheres da política. E, mais do que isso, o que podemos fazer para reverter esse cenário. Esta semana lembramos os 90 anos desde que o voto foi concedido às mulheres brasileiras e como este ato de representatividade política é importante.

Já se passaram 90 anos da decisão. De lá pra cá o mundo mudou, mas no Brasil, o cenário político não mudou. Precisamos de cotas para que mulheres tenham espaços dentro dos partidos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que as mulheres foram apenas 31,6% das candidatas no Brasil na última eleição, em 2018, na esfera federal (governadora, deputadas e senadoras).

No outro campo, para cargos de prefeita e vereadora, elas foram apenas 33% das candidatas em 2020. Elas são apenas 12% dos prefeitos eleitos no país.

E de onde vem então as causas desse afastamento das mulheres da política? Uma das explicações pode ser que a vida inteira, mulheres foram instruídas a acreditar que esses espaços são para homens, que elas não se encaixam nesse perfil e que as carreiras políticas não são para elas, mesmo quando têm vontade.

Outra explicação é que, historicamente, o perfil político no Brasil tem um padrão: homens brancos, com idade média de 44 anos e com bom nível escolar.

Pesquisas já comprovam que quando perguntamos para qualquer eleitor sobre como ele imagina um político, ele vai pensar nesse perfil que já está estereotipado no Brasil.

Para se ter ideia de como isso influencia, uma pesquisa da ONG #ElasnoPoder revelou que 54% das mulheres entrevistadas tinham interesse em ingressar em cargos políticos. Dessas, 40% acreditam que ‘não têm perfil’ para tal e, por isso, nunca tentaram. Além disso, “não está no foco” e “desinteresse” também foram justificativas comuns para 20% e 13% das entrevistadas, respectivamente. Alguns ainda disseram que sentem “incompatibilidade com partidos” (2,5%) e “falta de apoio” (1,7%) para concorrerem a cargos políticos. A pesquisa foi baseada em formulários online e respondida por mais de 4 mil mulheres.

Por isso, aqui no Republicanos, temos buscado intensamente mudar esse cenário, com capacitação, estímulos e empoderamento feminino.

Nós, Mulheres Republicanas, vamos continuar nesta luta. E, tenho certeza, neste ano, vamos colher os frutos desta nossa luta diária.

Que Deus abençoe a todas e a todos!

Mensagem da secretária nacional do Mulheres Republicanas, deputada estadual Tia Ju

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