Governo de Roraima lança vídeos na língua indígena para atender comunidades

Inédito no país, governo de Roraima lança vídeos na língua indígena para atender comunidades

Marcos Jorge ressalta que iniciativa vai levar ao conhecimento das populações indígenas o que é o Zoneamento e a importância que ele tem para o Estado de Roraima, bem como para as suas comunidades.

Publicado em 9/4/2020 - 00:00 Atualizado em 3/6/2020 - 18:05

Boa Vista (RR) – Dando continuidade ao processo de diálogo com os indígenas para a conclusão do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento (Seplan), com o apoio da Secom Secretaria de Comunicação (Secom) e Secretaria do Índio (Sei), lançou, esta semana, um ciclo de vídeos das etnias de Roraima, Macuxi; Wapichana; Taurepang; Wai-Wai; Yekuana; Ingaricó; Yanomami e Patamona, com o objetivo de informar, na língua materna, toda a população indígena sobre o que é e para que serve o ZEE.

Além de instrumento de informação, a proposta do vídeo vai ao encontro da determinação da Justiça Federal de consulta aos índios, durante a elaboração do Zoneamento, pontuou o secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Marcos Jorge (Republicanos-RR).

“O intuito desse trabalho é levar ao conhecimento das populações indígenas o que é o Zoneamento e a importância que ele tem para o Estado de Roraima, bem como para as suas comunidades. Ao mesmo tempo em que a gente informa, a gente também valoriza todos esses povos perante a sociedade, ao produzir um material como este, inédito em todo o Brasil. É um material extremamente rico, representado por oito lideranças indígenas, que inclusive foram submetidas a um processo seletivo por meio de edital”, frisou.

O governador Antonio Denarium lembrou que, desde outubro de 2017, a Justiça Federal acatou pedido do MPF (Ministério Público Federal) e determinou que os trabalhos de elaboração do ZEE, que ainda se encontravam na primeira fase, fossem suspensos até a conclusão das consultas com as lideranças indígenas.

“Há um entendimento do Ministério Público Federal de que as comunidades devem ser incorporadas ao estudo do ZEE e que sejam feitas oitivas destas comunidades dentro dos termos do MPF. Então nós não temos dúvidas de que esses vídeos serão um mecanismo eficaz para compor o trabalho de consulta às comunidades indígenas, sendo possível dar celeridade e avançar na elaboração do ZEE”, afirmou Denarium.

O Zoneamento Ecológico Econômico é um estudo técnico que vai subsidiar o governo na implantação de políticas públicas de ordenamento do território, ajudando a traçar políticas e definir as regras para agricultura e o agronegócio, além de orientar as demais políticas públicas do Estado, com a finalidade de proporcionar conservação ambiental e crescimento econômico.

Para finalização do ZEE, são necessárias três etapas: o planejamento, em que se realiza o mapeamento da área; seguido pela interpretação dos mapas temáticos feitos por técnicos com experiência em zoneamento; e a etapa de prognóstico, composta pelos estudos de cenários e zonificação de território, definindo então o mapa de gestão ambiental.

O governador reforçou ainda que a conclusão do ZEE é de fundamental importância, para que seja possível desenvolver as principais potencialidades do Estado, a produção agrícola e a agroindústria, sem tirar o foco da conservação ambiental.

O coordenador técnico do ZEE, Francisco dos Santos, reiterou que, neste momento em que o mundo vive um isolamento social em decorrência da pandemia do Convid-19, inclusive com diversas terras indígenas com acesso bloqueado, a fim de evitar a proliferação do vírus, o vídeo vai ser de extrema importância para levar as informações sobre o tema a essas pessoas.

“Hoje, com o advento das mídias digitais, a informação chega aos lugares mais afastados e de forma rápida. Como não será possível fazermos encontros presenciais, esta será uma forma de fazer a nossa mensagem principal a respeito do Zoneamento Ecológico chegar até as comunidades, por meio das redes sociais, inclusive de redes do WhatsApp, completou o coordenador.

Assista os dois vídeos das etnias de Roraima, Macuxi, Wapixana, Ingarikó publicados na página do secretário Marcos Jorge.

Texto e foto: Ascom – Secretaria de Planejamento

 

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