Em entrevista, Castrinho fala sobre sua trajetória artística e o cenário político no RJ

O entrevistado desta semana é o presentador e candidato a deputado estadual pelo PRB Rio de Janeiro, Castrinho.

Publicado em 24/7/2014 - 00:00 Atualizado em 17/6/2020 - 14:54

Com 55 anos de carreira vitoriosa, Castrinho, que emplacou sucessos na TV, no cinema e no teatro, agora é candidato a deputado estadual pelo PRB. Geraldo Freire de Castro Filho, o Castrinho, é uma figura. Impossível conversar com ele 15 minutos sem dar boas gargalhadas. Bem humorado, simpático, com uma história de vida incrível, ele quer tratar de um assunto sério: a sua campanha para deputado estadual pelo estado do Rio de Janeiro.

Em entrevista exclusiva, ele falou sobre vários assuntos, entre eles: carreira, críticas ao cenário político carioca e o otimismo pelo retorno que obtém nas ruas dos fãs, eleitores e simpatizantes.

 

ENTREVISTA

1) – Quanto tempo de carreira?

Castrinho – São 55 anos de estrada, dezenas de novelas, filmes e teatro. Comecei aos 14 anos, é muito tempo de carreira. Praticamente fiz todos os programas humorísticos, tendo sido muito ligado ao Chico Anísio. Tenho alegria de ter dado vida a personagens queridos, como Geraldo, Cascatinha, delegado Maurinho, entre outros conhecidos pelo público.

 

2) – O que leva um ator bem-sucedido e premiado a ingressar na política? Digo ingressar, porque falta muito pouco para o dia 5 de outubro.

Castrinho – É a situação do Rio de Janeiro. Eu sou carioca, vivi neste estado nos famosos anos dourados. Vejo que atualmente o Rio está muito triste porque não tem saúde, educação e nem segurança. O Rio sempre foi o útero da cultura do País. O que acontecia aqui refletia no Brasil. Hoje, está pobre de acontecimentos e de cultura. Isso ocorre porque alguns maus governantes deixaram que a situação chegasse ao ponto em que chegou. Incentivado por alguns amigos que conhecem meu desejo pela mudança para o Rio, eu aceitei participar deste novo desafio, que é ser eleito deputado estadual. Tenho certeza de que poderei fazer algo por este estado que tanto amo. As minhas intenções são as melhores. Há 18 anos, atuo como voluntário na área de segurança, meio ambiente e saúde, além da cultura.

 

3) – Por que a sua decisão de ser um candidato do PRB?

Castrinho – Tenho muitos amigos no PRB, principalmente o Crivella, que é uma pessoa que admiro muito. É um homem de palavra, um homem de família, com princípios. Senti-me honrado com o convite de fazer parte do PRB.

 

4)- Você se tornou um ídolo, principalmente na comédia. Não teme que a imagem e a memória de seus personagens possam ser associadas apenas à comédia, que isso lhe traga prejuízos em relação à credibilidade do seu trabalho na política?

Castrinho – Não acredito, porque eu, fora da televisão, tenho uma imagem muito firme.  Minha imagem e minha conduta são meus cartões de visita. Nada impede que eu faça política séria de forma alegre. O meu lema é “PARA UM RIO DE JANEIRO MAIS ALEGRE”.

 

5) – Você está ingressando na política em um momento que o cenário não é nada favorável, com escândalos, políticos desacreditados. Como pretende convencer as pessoas de que é uma boa opção como deputado estadual?

Castrinho – É só mostrar a minha vida. Tenho 73 anos e nunca estive envolvido em escândalos ou drogas, nunca fiz mal a ninguém. Minha vida sempre foi pautada em ajudar pessoas. Sabe que mesmo fazendo graça eu ajudei muita gente?  Sou parado por muitas pessoas que me admiram por tudo o que represento em relação à cultura.  Acho que, “PARA UM RIO DE JANEIRO MAIS ALEGRE”, temos que ter mais educação, Cieps, saúde com mais hospitais e segurança com mais investimentos.

 

6) – Qual tem sido o termômetro das ruas, a receptividade das pessoas? Como é que está a sua caminhada, campanha?

Castrinho – Excelente. As pessoas respondem muito bem e sou tratado com muita receptividade. Amo estar nas ruas, com o povo, porque a resposta dele em relação a mim é muito positiva.

 

7) – São várias as questões que afligem a população carioca. Você já tem ideia de quais serão suas plataformas de trabalho?

Castrinho – Vamos pegar a educação e juntar com a cultura, porque em minha opinião são questões equivalentes. Temos a saúde, que está completamente abandonada. Sem contar com a segurança, que é um assunto muito delicado. Creio que em relação à educação temos que repensar a questão dos Cieps. A ideia não é só reativar os prédios do Centro Integrado, mas trabalhar para que o aluno fique em tempo integral, recebendo formação, entretenimento e fazendo várias atividades. A educação é o pilar de tudo. Quando levada a serio, diminuem-se os problemas de falta de segurança. Pretendo ajudar o meu governador a combater a péssima atenção que está sendo dada à saúde.

 

8) – Você fez o “Balão Mágico”, em que trabalhava diretamente com crianças, Castrinho já virou livro infantil: “Histórias e Charadas de Cascatinha”, que já tem 18 edições e outros produtos que encantavam as crianças. Acredita que, hoje, estes fiéis telespectadores serão seus eleitores?

Castrinho – Tenho esse “feedback”. Muitas pessoas nos encontram e nos contam que eu fiz parte da infância delas. Estas ex-crianças, que foram minhas telespectadoras, continuam sendo minhas fãs e com certeza meus eleitores, votando 10110.

 

9) – Porque as pessoas devem lhe dar um voto de confiança?

Castrinho – Pela minha história e caráter. Não tenho rabo preso com ninguém! O que vocês acham? Que eu vou roubar? Caixão não tem gaveta. Eu vou roubar para quê? Já estou com 73 anos e tenho um patrimônio que posso declarar e não roubei de ninguém. Muitos por aí não podem nem declarar o patrimônio.

 

10) – Você acredita que Crivella será um bom governador? Por quê?

Castrinho – Porque ele sempre foi um bom gestor. Provou isso na administração da Fazenda Canaã, em Irecê, na Bahia, onde mantém mais de 600 crianças, com toda infraestrutura médica, escolar e lazer. No Ministério da Pesca também fez um trabalho excelente. Antigamente, nem se falava neste Ministério e hoje existe uma pasta relevante. Está comprovado que o Brasil pode ter uma produção de pescado até maior que a da carne. Quem criou este futuro foi o Crivella. Aliás, o Ministério continua sendo muito bem representado pelo nosso ministro Eduardo Lopes, vice-presidente do PRB. Também creio no Crivella porque é família. Ele já poderia estar milionário, mas é homem simples, um cidadão do povo com muitos princípios.

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11) – Dizem que sua esposa, a Andréa, é o seu principal cabo eleitoral. É verdade?

Castrinho – Sim, ela trabalha muito. Andréa tem sido fundamental em nossa campanha. Mas, aqui no PRB, encontrei pessoas maravilhosas das quais eu só tenho que agradecer o apoio.

 

12) – Que recado você deixa para seus eleitores?

Castrinho – Quero que vocês votem em mim. Tenham certeza de que vou trabalhar muito, não vou sumir. E fica uma reflexão: mulheres ótimas e políticos têm algo em comum. As mulheres ótimas aparecem em carros de escola de samba e depois somem. Os políticos aparecem nas eleições e depois somem.

 

Texto e foto: Ascom – PRB Rio de Janeiro

 

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