Presidente do Republicanos criticou má gestão fiscal do governo, defendeu autonomia do Banco Central e explicou como isso impacta no dia a dia do brasileiro
Publicado em 19/12/2025 - 09:59
Brasília (DF) — O presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), comentou sobre o cenário desafiador da economia brasileira, marcado pelos juros elevados. Durante a participação no Fala Brasília desta semana, quadro do Balanço Geral da Record Interior SP, o parlamentar comentou sobre o Brasil encerrar 2025 com o segundo maior juro real do mundo, ficando atrás apenas da Turquia, dado que acende o alerta para as dificuldades econômicas previstas para 2026.
Na avaliação do parlamentar, a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na última reunião do ano, tem efeitos diretos sobre a vida da população. “A Selic é a taxa que orienta todos os juros do país. Quando ela está alta, tudo fica mais caro”, afirmou.
Marcos Pereira explicou que o impacto é sentido em diferentes áreas, como financiamentos imobiliários, compra de veículos, uso do cartão de crédito e contratação de empréstimos. Além disso, o encarecimento do crédito acaba refletindo nos preços dos alimentos, do transporte e das despesas básicas.
Incertezas e autonomia do Banco Central
De acordo com o presidente do Republicanos, a decisão do Copom está relacionada ao atual cenário de incerteza econômica. Marcos Pereira criticou o aumento de impostos e o crescimento dos gastos públicos acima da arrecadação, apontando esses fatores como sinais de má gestão fiscal. “O Banco Central não pode agir para agradar governo nenhum. Suas decisões precisam ser técnicas”, ressaltou. Nesse contexto, ele relembrou a aprovação do projeto que deu autonomia ao Banco Central, em 2021, pelo Congresso Nacional, medida que contou com voto do presidente. O projeto foi relatado pelo deputado federal licenciado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).
Para Marcos Pereira, a autonomia garante que o Banco Central tenha liberdade para adotar medidas necessárias à estabilidade econômica, sem interferências políticas. “Essa independência evita crises maiores e decisões irresponsáveis”, afirmou.
Informação como ferramenta de conscientização
Por fim, Marcos Pereira destacou a importância de explicar o tema de forma acessível à população. Para ele, muitos brasileiros sentem os efeitos da inflação e dos juros altos, mas não compreendem as razões por trás do aumento do custo de vida. “Entender o que está acontecendo ajuda as pessoas a se organizarem melhor e enfrentarem momentos de aperto com mais preparo”, concluiu.
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Texto e foto: Agência Republicana de Comunicação (ARCO)
