Para Hugo Motta, aprovação da urgência que barra alta do IOF é recado ao governo

Presidente da Câmara destacou esgotamento de deputados com medidas que priorizam aumento de impostos em vez do corte de gastos

Publicado em 17/6/2025 - 10:31

Brasília (DF) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a votação do requerimento de urgência ao Projeto de Decreto Legislativo 314/2025, que suspende o recente aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), é uma “mensagem clara” ao governo federal sobre o clima predominante entre os parlamentares. A declaração foi dada à imprensa  após a votação, que terminou com placar de 346 votos a favor da urgência. “Será simbólica pelo sentimento da Casa. Vamos aguardar os próximos passos, mas a Câmara vai continuar defendendo o que é melhor para o Brasil”, destacou Motta.

Pressão contra aumento de impostos

O PDL é uma resposta ao decreto presidencial que elevou a alíquota do IOF. Motta reforçou que há um desgaste visível entre os deputados em relação às constantes medidas de arrecadação via aumento de tributos, sem o devido compromisso com a redução de despesas públicas. “O governo precisa entender que o Congresso está esgotado com medidas que miram só arrecadação. É hora de discutir corte de gastos”, reforçou.

Diálogo com o Executivo

Segundo o presidente da Câmara, a insatisfação já foi comunicada em reuniões recentes com o presidente Lula, além de encontros com líderes partidários. Motta ressaltou que sua função é expressar o sentimento majoritário do Legislativo.

Compromisso com responsabilidade fiscal

Apesar de o governo ainda não ter sinalizado a revogação do decreto que elevou o IOF, Motta afirmou que houve um compromisso verbal de redução de despesas. Ele também destacou que o Legislativo tem demonstrado lealdade e responsabilidade ao aprovar matérias de interesse do governo. “Não há como ter uma agenda de corte de gastos sem a participação ativa do Executivo. O Congresso tem sido correto, e esperamos reciprocidade”, afirmou.

Relação institucional

Ao final da coletiva, Hugo Motta reafirmou que a relação entre os Poderes deve ser pautada pela lealdade e franqueza. Segundo ele, a Câmara está pronta para se posicionar contra medidas que não sejam benéficas para o País. “Queremos que o Brasil avance com medidas estruturantes e que melhorem o ambiente econômico”, concluiu.

Texto: Com informações da Agência Câmara de Notícias
Foto: Douglas Gomes

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