Marcos Pereira destaca desafios da Indústria Têxtil, em reinstalação da Frente Parlamentar

“O setor tem sentido efeitos da desindustrialização e da falta de políticas efetivas. Existem muitas amarras legislativas que devem ser desfeitas”, avalia Pereira

Publicado em 26/4/2023 - 10:07 Atualizado em 27/4/2023 - 16:44

Brasília (DF) – A Frente Parlamentar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção do Brasil foi reinstalada na terça-feira (25), na Câmara dos Deputados, e terá como novo presidente o deputado Eduardo Bismark (PDT-CE). O deputado Marcos Pereira (Republicanos – SP), que assume a vice-presidência, participou da solenidade junto dos representantes do setor e de parlamentares de várias legendas.

“Iniciamos a atual legislatura com algumas prioridades já pautadas na Câmara e no Senado. Os presidentes das duas Casas, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, bem como o Poder Executivo, estão empenhados em, por exemplo, aprovar, o quanto antes, a Reforma Tributária, uma demanda antiga de todo o setor produtivo. Costumo dizer que essa é a mãe de todas as reformas”, adianta Marcos Pereira, que é vice-presidente da Casa e presidente do Republicanos.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Ricardo Steinbruch, defende menos burocracia e um Estado mais eficiente. “O empresário precisa de três coisas para investir: estabilidade, previsibilidade e confiabilidade”, afirma.

Segundo Steinbruch, o país precisa de modernização e investimento para ter competividade e eficiência. “A automação está muito presente no mercado e, nesse quesito, o Brasil está atrasado. Isso demanda muito investimento, o que fica difícil com os juros altos como estão. Nosso parque, mesmo com todos os problemas, é o quinto maior do mundo”.

Para o deputado Marcos Pereira, o colegiado tem a virtude de congregar parlamentares com visões e posicionamentos políticos diversificados, que se dedicam à valorização e ao desenvolvimento da indústria têxtil e de confecção nacional. “Essa pluralidade é benéfica, pois dá legitimidade às conquistas que conseguimos alcançar”.

Durante o mandato de Pereira, a Frente obteve êxitos importantes na aprovação de matérias prioritárias no Congresso Nacional, a exemplo da Lei de Liberdade Econômica, do Novo Marco do Saneamento, da desoneração das folhas de pagamento e do PRONAMPE.

A indústria têxtil e de confecção emprega quase 20% dos trabalhadores alocados na produção industrial e gera 6% do valor total da produção da indústria de transformação no Brasil. “Apesar desses números expressivos, o setor tem sentido duramente os efeitos da desindustrialização do país e da falta de políticas efetivas de valorização do setor secundário. Existem muitas amarras legislativas que devem ser desfeitas”, observa Marcos Pereira que atualmente é o vice-presidente do colegiado.

O vice-presidente da Abit, Fernando Pimentel, fala sobre a importância da união entre o setor e o Legislativo. “Quero valorizar o trabalho do Congresso Nacional com a iniciativa privada. Estamos aqui há três legislaturas e meia realizando um trabalho bastante interessante juntos. Se não estivermos presentes, levando propostas e sugestões, não seremos capazes de interferir no que é importante para o crescimento do Brasil”, diz.

O atual presidente da Frente, deputado Eduardo Bismark (PDT-CE), defende segurança jurídica ao empreendedor que investe no país. Ele adiantou a pauta que pretende seguir. “Temos que defender um setor cada vez mais forte que foi interrompido por um processo de desindustrialização causado sobretudo por importações desleais no comércio exterior, mas também pela onerosidade para o empreendedor”, afirma.

Texto: Fernanda Cunha, com edição de Mônica Donato / Ascom – Liderança do Republicanos
Foto: Najara Araújo

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