Câmara avança em projeto que proíbe coleiras de choque e dor em animais

Projeto recebeu parecer favorável do relator, Augusto Coutinho

Publicado em 7/8/2025 - 09:01 Atualizado em 8/8/2025 - 14:25

Brasília (DF) – A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 605/21, que proíbe a fabricação, comercialização, importação, exportação e uso de coleiras que provoquem dor ou choque em animais. A proposta recebeu parecer favorável do relator, deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos-PE), que apresentou um substitutivo unificando diferentes projetos sobre o tema.

Segundo o relator, a medida reflete uma tendência internacional de restringir métodos considerados cruéis no adestramento e controle de comportamento animal. “Esses instrumentos causam dor, estresse e até comportamento agressivo. Precisamos avançar para práticas mais humanas e responsáveis”, declarou Coutinho.

O que será proibido

O projeto proíbe dispositivos como:

  • Coleiras com impulsos eletrônicos, inclusive as chamadas antilatido ou antimordida;
  • Equipamentos com hastes metálicas, pontiagudas ou que provoquem qualquer tipo de sofrimento físico ao animal.

A regulamentação detalhada será definida posteriormente pelos órgãos competentes.

Penalidades e fiscalização

A proposta prevê punições distintas para tutores e para fabricantes ou comerciantes que desrespeitarem a norma:

Para tutores:

  • advertência;
  • multa de até R$ 2 mil por animal;
  • perda da guarda do animal;
  • obrigatoriedade de curso sobre guarda responsável; e
  • apresentação periódica às autoridades.

Para empresas:

  • apreensão dos produtos; e
  • multa de até R$ 10 mil, dobrada em caso de reincidência;

Interdição temporária do estabelecimento.

A fiscalização ficará a cargo de órgãos ambientais, sanitários e de defesa do consumidor. Os valores arrecadados com as multas poderão ser destinados a fundos públicos ou entidades de proteção animal.

Tramitação

O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Constituição e Justiça. Caso aprovado, seguirá para o Senado.

Texto: Com informações da Agência Câmara de Notícias
Foto: Júlio Dutra

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