Evento debate ações de combate à violência contra a mulher no Recife

Palestra “Lei Maria da Penha: Desafios no Combate ao Enfrentamento à Violência contra a Mulher” foi organizada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos 

Publicado em 13/9/2019 - 00:00 Atualizado em 28/6/2020 - 21:43

Recife (PE) – Mais de 400 pernambucanos reuniram-se na sexta-feira (13), no Hotel Recife Praia, para debaterem ações de combate a violência contra à mulher. A palestra “Lei Maria da Penha: Desafios no Combate ao Enfrentamento à Violência contra a Mulher” foi organizada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFHD) e contou com a participação de várias lideranças republicanas. Dentre os presentes, a ministra Damares Alves, a secretária nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Britto (Republicanos) e a secretária nacional do Mulheres Republicanas, deputada federal Rosangela Gomes (RJ).

Na temática da palestra, Damares falou que a solução para problemas como a violência é a união. “Queremos ser pontes e o nosso maior desafio é unir as boas práticas. Vamos nos unir e esquecer nossas diferenças para mudar esse Brasil. Acredito que é possível que um estado dessa nação pode conseguir erradicar a violência contra a mulher e Pernambuco pode ser esse estado”, ressaltou.

Evento debate ações de combate à violência contra a mulher no RecifePara a deputada Rosangela Gomes, a mobilização de mulheres é essencial para tornar leis possíveis e mais justas. “Não adianta uma mobilização grande, se você não se filiar a um partido político, disputar eleições e estar lá, nos espaços de poder, para conseguir fazer a diferença e mudar a vida de várias pessoas. São quase dois mil municípios do Brasil que não têm uma única vereadora. Isso é sério, porque precisamos de representatividade. Não adianta reclamar do mamógrafo que não funciona ou da política que não é implementada se não disputarmos as eleições e irmos lá, colocar a mão na massa!”, pediu a republicana.

Evento debate ações de combate à violência contra a mulher no RecifePara a secretária Cristiane Britto, a participação da sociedade é essencial nesse processo. “Estamos colocando a sociedade civil para enfrentar o desafio, que é interromper o ciclo da violência e o enfrentamento à violência contra a mulher”, concluiu.

A secretária do Mulheres Republicanas de Pernambuco, vereadora Professora Ana Lúcia, convidou os presentes para intensificar as ações em prol da causa. “As pessoas precisam se unir e falar sobre violência doméstica. Melhor do que falar, como tivemos exemplos aqui hoje, é realizar uma mobilização em prol do combate a esse tipo de crime que ainda afeta tantas vidas e famílias. Tenho certeza que, no mínimo, uma mulher presente na palestra se sentiu tocada e vai querer fazer a diferença no seu município e estado”, finalizou.

Também participaram do evento o deputado federal Ossesio Silva (Republicanos-PE); os deputados estaduais William Brigido (Republicanos-PE) e Jutay Meneses (Republicanos-PB); a vereadora de Olinda, Denise Almeida (Republicanos); o vereador de Jaboatão dos Guararapes, Joselito Nunes (Republicanos); além de representantes de associações não governamentais.

Rede de apoio

Ainda na sexta-feira (13), a ministra Damares Alves, a secretária Cristiane Britto, a deputada Rosangela Gomes e a secretária Ana Lúcia visitaram o Centro de Referência Clarice Lispector. O local acolhe e orienta mulheres em situação de violência doméstica. Formado por uma equipe multidisciplinar de psicólogas, assistentes sociais, advogadas e educadoras sociais, os casos são acompanhados e referenciados para rede municipal de proteção à mulher. Na ocasião,Damares Alves se comprometeu a viabilizar para o local uma viatura, que é uma demanda importante no auxílio de mulheres que ainda sofrem com a violência doméstica.

Para continuar esse enfrentamento, a ministra anunciou dois programas do órgão que estão entre as ações prioritárias – Qualifica Mulher e Salve uma Mulher. “Sobre o Qualifica, nós entendemos que muitas mulheres continuam com o agressor porque, muitas vezes, ele é o provedor. Então, a autonomia econômica e financeira da mulher pode tirá-la desse ciclo de violência”, afirmou.

“Quanto ao programa Salve uma Mulher, vamos trabalhar com pessoas que já lidam com mulheres. Por exemplo, vamos treinar os salões de beleza do município. Também vamos trabalhar com as academias. Um profissional de academia pode identificar que uma mulher está com uma marca de violência”, completou.

Texto: Gabbriela Veras / Ascom – Mulheres Republicanas
Colaboração: Anabelli Cavalcanti / Ascom – vereadora Professora Ana Lúcia e Ascom – Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
Fotos: Rodrigo Silva 

 

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