Entre os planos, republicana já está trabalhando para reunir candidaturas competitivas em 2026
Publicado em 16/7/2024 - 16:14
Brasília (DF) – Em entrevista exclusiva, Tania Teixeira, secretária do Mulheres Republicanas Distrito Federal, compartilhou sua visão sobre a participação feminina na política, os desafios enfrentados e as iniciativas do movimento para promover a inclusão e a liderança das mulheres. Tania, que está à frente do movimento desde 2017, detalhou suas experiências pessoais, destacando como sua trajetória de vida influenciou seu compromisso com a causa e enfatizou a importância de programas como o “Mulher, Tome Partido!”.
Leia agora a entrevista na íntegra.
Quais são as principais barreiras que as mulheres enfrentam ao tentar entrar na política e como o movimento está ajudando a superá-las?
Tania Teixeira – As principais barreiras são estruturais e sociais, que ainda são muito internalizadas como naturais e que são obstáculos para nós, mulheres. Por exemplo, os papéis ainda definidos para os gêneros, onde normalmente os meninos são estimulados a se aventurarem e as meninas, a se conterem. Também a falta de autopercepção de suas habilidades e competências acaba desestimulando as mulheres e é uma barreira. As multitarefas que temos e a falta de divisão das mesmas são um fator agravante, assim como os investimentos financeiros, que, infelizmente, ainda são menores para as mulheres. Como movimento de mulheres, precisamos, primeiramente, ouvir as mulheres e depois, sim, levar mais conscientização, confiança e estímulo para que possam reconhecer seu valor e sua importância para o mundo político.
Como sua trajetória pessoal influenciou sua decisão de se envolver com o Mulheres Republicanas?
TT – Sou educadora, tenho formação em orientação educacional e, como servidora pública federal, foi possível conhecer e conviver com realidades diferentes, o que me ajudou muito a sempre buscar novas perspectivas. Minha família, avós, pais e tias sempre falavam de política, e quando encontrei o Republicanos e as mulheres republicanas, deu match logo de cara.
Quais iniciativas de destaque o Mulheres Republicanas implementou recentemente no Distrito Federal?
TT – Realizamos sempre reuniões pequenas com nossas republicanas, no máximo 30 de cada vez, e também um treinamento específico sobre a campanha ‘Mulher, Tome Partido!’. No próximo mês, teremos a posse das novas lideranças do DF e novas filiações.
Como você enxerga a evolução da participação feminina na política?
TT – Sem dúvida nenhuma, evoluímos e crescemos, mas quando fazemos um comparativo, ainda é bem tímida, e essa rota sempre terá que ser recalculada.
Qual é a importância da representação feminina em cargos de liderança e decisão?
TT – É decisiva, necessária e imprescindível para que tenhamos uma democracia justa e equilibrada.
Quais são os principais nomes para as Eleições 2024?
TT – No DF não temos eleições em 2024, mas já estamos construindo nossas candidaturas para 2026 e vamos nos colocar para o jogo com muita força.
Quais são as metas do Mulheres Republicanas até o final do ano?
TT – Temos uma programação já definida com a posse das novas lideranças das regiões administrativas, novas filiações e estamos pensando no nosso segundo fórum. Estamos planejando.
Algum evento que gostaria de destacar?
TT – A posse das novas lideranças vai ser muito importante e definitiva para os alinhamentos políticos futuros.
Quais são os maiores desafios no Distrito Federal?
TT – A luta contra a violência à mulher, tanto no âmbito familiar quanto no político. Acredito que, hoje, seja o nosso maior desafio.
Qual mensagem gostaria de deixar para as mulheres que queiram participar da política?
TT – Venham, deixem o medo para trás, se preparem, se capacitem e acreditem: tudo é possível quando estamos unidas, fortalecidas e acreditamos em nós mesmas. A política é transformadora e precisa da nossa participação. Não duvide jamais da sua competência e das suas habilidades.
Quantas executivas do movimento Mulheres Republicanas existem atualmente no Distrito Federal?
TT – Temos em torno de 20 lideranças espalhadas por Brasília. Lembrando que pode ocorrer de uma liderança ser representativa de duas a três regiões administrativas, por serem essas regiões muito próximas umas das outras.
Texto: Ascom Mulheres Republicanas Nacional
Fotos: Divulgação
