Projeto cria cadastro nacional de condenados por violência doméstica ou sexual

Relatório da deputada Rogéria Santos foi aprovado na última semana

Publicado em 31/8/2025 - 10:00 Atualizado em 2/9/2025 - 15:05

Brasília (DF) – A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou, no último dia 13, o Projeto de Lei 3666/201, que institui um banco de dados nacional com informações sobre pessoas condenadas por crimes de violência doméstica ou sexual. O texto foi aprovado na forma de um substitutivo apresentado pela relatora, deputada federal Rogéria Santos (Republicanos-BA).

A proposta atualiza o texto original analisado pela Comissão de Segurança Pública. Agora, o texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, em caráter conclusivo.

De acordo com a parlamentar, a medida representa um avanço na proteção das mulheres e no combate à violência de gênero: “O sistema permitirá que potenciais vítimas identifiquem, ainda no início da convivência, parceiros com histórico de violência. É uma ferramenta de empoderamento, especialmente para as mulheres, que poderão tomar decisões mais seguras sobre suas relações pessoais”, afirmou Rogéria Santos.

O banco de dados será administrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e poderá ser consultado pela internet. O acesso será restrito a maiores de idade, mediante identificação com nome e CPF. Serão incluídos no sistema os nomes de pessoas condenadas por decisão definitiva ou por órgão colegiado.

Mais transparência e segurança

O banco de dados trará informações relevantes sobre os agressores ou abusadores, como nome, crimes praticados e penas aplicadas. O nome do condenado permanecerá disponível por um período equivalente a cinco vezes o tempo da pena.

A proposta também prevê a possibilidade de exclusão do nome do cadastro, desde que o agressor comprove: participação em curso de reeducação com duração mínima de um ano; e apresente laudo psicológico que ateste que ele não representa mais risco à sociedade.

Texto: Ascom deputada federal Rogéria Santos
Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

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