Objetivo é promover a conscientização e combater a violência contra a mulher
Publicado em 1/8/2025 - 09:00
Brasília (DF) – Por iniciativa da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), secretária nacional do Mulheres Republicanas, o Senado Federal abrirá, oficialmente, no próximo dia 6 de agosto, a campanha Agosto Lilás, dedicada à conscientização e ao enfrentamento da violência contra a mulher. A ação será conduzida pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), presidida pela republicana, que lidera as iniciativas com o objetivo de ampliar a discussão sobre o tema no parlamento e em toda a sociedade.
A programação tem início às 10h, com uma reunião da CDH, voltada à análise de projetos relacionados aos direitos das mulheres e ao combate à violência de gênero. Na sequência, às 11h, será realizada uma audiência pública para debater e propor políticas públicas eficazes no enfrentamento à violência contra a mulher, reunindo parlamentares, especialistas e representantes da sociedade civil.
Além do debate legislativo, o evento contará com apresentações culturais de música e dança, incluindo a participação do Coral do Senado, reforçando o caráter simbólico e humanizador da campanha.
Para a senadora Damares Alves, o Agosto Lilás é uma oportunidade fundamental para mobilizar a sociedade e reafirmar o compromisso do parlamento com a defesa das mulheres. “Ao longo dos anos, o Brasil avançou com leis e estruturas de apoio, mas a violência de gênero persiste e, em alguns aspectos, cresce. Precisamos de uma nova consciência coletiva para enfrentar esse mal”, afirmou.
A senadora destacou que o Agosto Lilás reúne a colaboração de diferentes frentes do Senado, como a Bancada Feminina e a Procuradoria da Mulher, além de instituições, escolas, igrejas, meios de comunicação e organizações da sociedade civil. “É uma campanha que envolve todos. Precisamos falar sobre violência contra a mulher em todos os espaços: nas casas, nas escolas, nos púlpitos e nas ruas”, completou.
A campanha é regulamentada pela Lei 14.448/2022 e também marca o aniversário da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), considerada referência mundial em proteção às mulheres.
Banco Vermelho
Uma ação da campanha foi a instalação de um grande banco vermelho no Senado, como símbolo da luta das mulheres contra o feminicídio (Lei 14.942, de 2024). O banco está fixado na entrada do Túnel do Tempo, com frases contra a violência e canais de denúncia (como o número 180). De acordo com Damares, a ideia do banco nasceu de duas mulheres que, juntas, lamentavam a perda de outras duas amigas por conta da violência.
“Também estamos desafiando todos os prefeitos para fazer um banco vermelho em suas cidades. Vermelho é para lembrar todo o sangue derramado”, afirmou a republicana.
Estatística
Dados oficiais do governo federal mostram que a violência de gênero continua alarmante no Brasil. Em 2023, foram registrados 1.463 feminicídios, o maior número desde 2015, e mais de 280 mil casos de lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. Em 2024, mesmo com queda na violência letal, o país ainda registra cerca de 196 estupros por dia. Damares Alves alertou para a gravidade da situação, destacando que muitos casos sequer são denunciados.
A republicana completa: “Os números assustam. Há muitos estupros que não são registrados. A gente não aguenta mais tanta violência contra a mulher”.
Por Ascom – Mulheres Republicanas Nacional, com informações da Agência Senado


