A ação tem como objetivo conscientizar, combater a precariedade menstrual e promover a atenção à saúde da mulher
Publicado em 2/7/2021 - 08:00
São Luís (MA) – A Câmara Municipal de São Luís, Maranhão, encaminhou para as comissões de Justiça e Educação, o Projeto de Lei nº 153/2021, de autoria da vereadora Rosana da Saúde (Republicanos), que institui a Semana da Conscientização do Ciclo Menstrual no município.
De acordo com o projeto, a semana será realizada anualmente na quarta semana do mês de maio, nas escolas municipais de São Luís e fora delas, coincidindo preferencialmente, com o dia 28 de maio que marca o Dia Internacional da Dignidade Menstrual, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e chamar a atenção para um tema importante: a falta do acesso básico à higiene entre pessoas que menstruam.
Segundo a republicana, as ações têm o objetivo de conscientizar sobre a menstruação e de combater a pobreza menstrual. “O projeto visa principalmente, combater a precariedade menstrual, promover a atenção à saúde da mulher e aos cuidados básicos e garantir a universalização do acesso às mulheres em situação de vulnerabilidade econômica aos absorventes durante o ciclo menstrual”, afirma Rosana.
Na proposta estão previstas ações como informar e conscientizar os estudantes das escolas municipais sobre ciclo menstrual; instruir e estabelecer um diálogo com mães, pais e responsáveis pelas/os estudantes das escolas municipais sobre ciclo menstrual; promover a capacitação de docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão acerca da temática; desenvolver campanhas educativas, informativas e de conscientização ao longo do ano letivo; integrar a comunidade, as organizações da sociedade e os meios de comunicação nas ações multidisciplinares de conscientização sobre o ciclo menstrual e realizar debates e reflexões a respeito do assunto.
As mulheres, em média, gastam quase 9 mil reais em absorventes descartáveis ao longo da vida, o que resulta em, aproximadamente, 210 reais por ano. Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o direito das mulheres à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. A chamada pobreza menstrual, que denuncia a falta de acesso a produtos como absorventes, continua sendo rotina na vida de milhões de mulheres, não só no Brasil, mas no mundo inteiro.
Fonte: ONU
Texto: Ascom – vereadora Rosana da Saúde
Edição: Ascom Mulheres Republicanas
Foto: Cedida

