“Nossa luta é pela defesa da representatividade feminina no Parlamento”, afirma Tânia Bastos

Vereadora reforça a importância do papel do Mulheres Republicanas no processo político do país, na preparação e valorização das mulheres

Publicado em 22/8/2024 - 09:21

Rio de Janeiro (RJ) – À frente do movimento Mulheres Republicanas Rio de Janeiro, a vereadora Tânia Bastos vem trabalhando incansavelmente para ampliar a participação das mulheres nos processos políticos e garantir que suas vozes sejam ouvidas. “A participação ativa das mulheres na política é fundamental para a construção de sociedades mais democráticas e igualitárias”, afirma Tânia.

A trajetória da vereadora é marcada por desafios superados e pela dedicação às causas sociais. Nascida em Sergipe, ela se mudou para o Rio de Janeiro ainda criança, enfrentando muitas dificuldades. Com esforço e determinação, formou-se em Pedagogia, especializando-se em Orientação Educacional e Gestão Pública. Caminho que a impulsionou a ingressar na política e se envolver, ativamente, com o Mulheres Republicanas, movimento no qual encontrou espaço para amplificar as vozes femininas e trabalhar por mais igualdade na política.

No estado do Rio de Janeiro, o movimento tem implementado diversas iniciativas para capacitar e apoiar as candidatas às eleições deste ano. Recentemente, uma palestra organizada pelo Mulheres Republicanas, na sede do partido, na capital fluminense, reuniu advogadas e professoras para discutir a história do voto feminino, legislação eleitoral e a importância da inteligência emocional na política. Tânia Bastos acredita que eventos como esse são essenciais para preparar as mulheres para os desafios da vida pública e para inspirá-las a assumir posições de liderança.

Leia a entrevista na íntegra:

 

Quais são as principais barreiras que as mulheres enfrentam ao tentar entrar na política, e como o movimento está ajudando a superá-las?
Tânia Bastos –
A participação ativa das mulheres na política é fundamental para a construção de sociedades mais democráticas e igualitárias. No entanto, ao longo da história do Brasil, as mulheres têm enfrentado barreiras estruturais e sociais para o acesso ao Parlamento. A presença de mulheres na política é para garantir a diversidade e eficácia democrática nas políticas públicas que atendam às necessidades específicas das mulheres, e este tem sido o papel do movimento Mulheres Republicanas. Nossa luta é pela defesa da representatividade feminina no Parlamento, especialmente em Brasília, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, que apresentam hoje apenas 17% de representação feminina. Essa sub-representação não apenas reflete as barreiras estruturais e culturais enfrentadas pelas mulheres, mas também limita a diversidade de perspectivas dentro do processo democrático. Por isso, a importância da conscientização do papel da mulher na política. Essa conscientização é feita constantemente pelo movimento no Republicanos.

Como a sua trajetória pessoal influenciou sua decisão de se envolver com o Mulheres Republicanas?
TB – Minha trajetória de vida influencia muito na minha história como parlamentar. Nasci em Sergipe e, aos seis anos de idade, me mudei para o Rio de Janeiro, e nada foi fácil nesta cidade. Com muita dificuldade, me formei em Pedagogia, com especialização em Orientação Educacional e pós-graduação em Gestão Pública. E todo esse conhecimento que adquiri, me impulsionou a seguir para o Parlamento carioca. Participar ativamente do meu partido é fundamental na minha vida política. O Mulheres Republicanas é muito importante no processo político em nosso país, pois valoriza a capacitação e o conhecimento de nossas mulheres e conscientiza sobre a luta por pautas femininas, na busca de mais isonomia na democracia brasileira.

Quais iniciativas de destaque o Mulheres Republicanas implementou recentemente no seu estado?
TB – No dia 12 de julho deste ano, o movimento Mulheres Republicanas, na sede do partido no Rio de Janeiro, realizou uma palestra para as pré-candidatas, com a presença de duas especialistas: a advogada e professora de Direito Constitucional, Ana Cláudia Sant’Anna, que contou um pouco da história do voto no país, a participação feminina e a legislação eleitoral atual; e a coach Deise Gisele, que ministrou sobre a importância do comportamento em face da inteligência emocional. Foi um momento de muito conhecimento e troca de experiências para todas as pessoas presentes no evento.

Como você enxerga a evolução da participação feminina na política?

TB – O nosso papel na política é essencial, mas o Brasil ainda precisa desenvolver muitas ações para que esta conscientização prevaleça. Enfrentamos muitos desafios como mulheres e, em qualquer espaço profissional, por uma questão histórica, é sempre mais difícil sermos respeitadas em nossas posições. Isto não nos paralisa, pelo contrário, nos impulsiona, pois reconhecemos a necessidade da presença feminina em todos os ambientes profissionais. Na política, somos essenciais, pois temos uma grande capacidade de receber e acolher pessoas, além de pontuarmos com eficácia as pautas femininas necessárias em questões cruciais como saúde, educação, combate à violência contra a mulher, entre outros, que precisam ser debatidos com vistas a regulamentar direitos, que inspirem a participação de futuras gerações. A inclusão de mais mulheres na política não é apenas uma questão de justiça ou representatividade, mas um imperativo para o desenvolvimento de sociedades mais justas, equitativas e resilientes.

Qual é a importância da representação feminina em cargos de liderança e decisão?
TB – A liderança feminina é essencial para contribuir para a igualdade na sociedade e, ainda que enfrentem muitos obstáculos para chegarem a uma posição de liderança e decisão, as mulheres têm toda a capacidade técnica e comportamental para lidar bem com as demandas de um cargo mais alto. São essenciais por serem dinâmicas e inovadoras no processo de qualquer trabalho. Ademais, mulheres no poder, como parlamentares ou exercendo cargos no Executivo, contribuem na construção de um ambiente profissional mais igualitário, diverso e inclusivo, com pessoas mais saudáveis, produtivas e satisfeitas.

Quais são os principais nomes no Rio de Janeiro para as Eleições 2024?
TB – Os principais nomes para as Eleições 2024 são: Tânia Bastos, Gigi Castilho, Renata Santos Rosado de Almeida, Alexandra Oliveira Menezes, Gisele Santos do Nascimento Teixeira e Viviane Petisco.

Quais são as metas do Mulheres Republicanas até o final do ano?
TB – O movimento Mulheres Republicanas é formado por mulheres de todos os setores da sociedade, e tem como meta inicial ampliar a participação feminina na política, bem como o número de candidatas eleitas no Legislativo e Executivo. Uma segunda meta é fomentar políticas públicas para mulheres e o seu desenvolvimento pelos entes federativos, gerando direitos que possam ser realizados em sua plenitude. O movimento tem a convicção de que a participação da mulher na política é um dos pilares da democracia e o caminho para uma sociedade mais justa e democrática.

Quais são os maiores desafios no seu estado?
TB – Atualmente, o maior desafio é eleger o maior número de mulheres, não só no município do Rio de Janeiro, mas também em todos os outros, aos cargos de prefeita e vereadora, aumentando, assim, a representatividade feminina no parlamento.

Qual mensagem gostaria de deixar para as mulheres que desejam participar da política?
TB – Gostaria de citar uma frase que me inspira, da chilena Michelle Bachelet, que destaca a participação feminina na vida pública como essencial. Ela diz: “Quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas mulheres entram na política, muda a política.”

Quantas executivas municipais do movimento Mulheres Republicanas estão vigentes no estado?
TB – Atualmente, são 12 secretárias nas executivas municipais do movimento Mulheres Republicanas no RJ.

Quantas candidatas republicanas estão disputando as eleições em todo o estado?
TB – São 6 candidatas a prefeita, 3 a vice-prefeita e 378 a vereadora, totalizando 387 candidaturas.

Por Ascom Mulheres Republicanas Nacional
Fotos: cedidas

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