Mulher, você tem valor

No mês das mulheres é tempo de reconhecer as triplas jornadas enfrentadas por elas

Publicado em 11/3/2021 - 08:17

Brasília (DF) – Quase metade dos lares brasileiros são sustentados por mulheres. Em muitas das vezes, as casas têm como imagem do chefe da família uma mulher que precisa diariamente sair do lar e deixar filhos para sustentar todos que ali moram. Na campanha “Mulher, você tem valor”, do Mulheres Republicanas é a vez de reconhecer as duplas e, às vezes, até triplas jornadas enfrentadas por elas. Nesta semana vamos conhecer a história da republicana Úrsula Simbera.

Mãe, advogada e secretária municipal do Mulheres Republicanas Vespasiano (MG). Essas são apenas algumas das tarefas que Úrsula tem a desenvolver no seu cotidiano. Com a chegada da pandemia no país, ela contou que esses desafios ficaram ainda maiores. “Um momento importante foi quando iniciou a pandemia da Covid-19 no Brasil e percebi que não teria o apoio da escola na alfabetização do meu filho, ocorrendo um aumento de tarefas a serem desenvolvidas dentro do lar. Aprendi que nem sempre conseguimos resolver todas as situações com agilidade, é necessário tranquilidade e sabedoria em tempos difíceis”, disse.

Para conseguir lidar com a rotina corrida, ela esclarece que conta com uma rede de apoio, que é essencial nesse processo. “Trabalho em home office, mas quando tem as audiências, deixo o Miguel com a minha mãe, que mora em Belo Horizonte. Quando as audiências são encerradas retorno para minha cidade com meu filho”, divide. Miguel tem apenas três anos de idade, mas ela conta que já sofreu julgamentos por dividir a jornada de trabalho com a maternidade.

“Como chefe de família sofri desde sutis comentários maldosos sobre a necessidade da presença masculina no lar, até a discriminação em grupos sociais devido à falta de um companheiro. A sociedade tem um viés ideológico de que o ambiente doméstico não pode ser administrado e gerido por uma mulher, vinculando esse papel à figura masculina”, contou.

Para lidar com esses desafios e triplas jornadas, ela divide com o Mulheres Republicanas nacional que é necessário muita resiliência e poder de transformação. “A mulher não deve subestimar sua força, nem deixar o seu potencial ser abafado. Temos um grande poder de metamorfose”, concluiu.

Texto: Gabbriela Veras | Ascom Mulheres Republicanas Nacional
Fotos: Arquivo Pessoal

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