Pesquisa destacava que mais de 60% dos brasileiros concordavam que mulheres com roupas curtas mereciam ser atacadas.
Publicado em 10/4/2014 - 00:00

Brasília (DF) – A pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) destacava que mais de 60% dos brasileiros concordavam que mulheres com roupas curtas mereciam ser atacadas, mas agora a proporção baixou para 26%. De acordo com o deputado republicano Antonio Bulhões (PRB-SP), a correção feita pelo órgão demonstra a fragilidade de conclusões de pesquisas sociais.
“Depois de muitas críticas consistentes que surgiram pelas redes sociais, o Instituto, com humildade, corrigiu os dados, alegando que houve uma troca dos resultados coletados nas entrevistas. Para um observador de boa-fé, o primeiro diagnóstico do Instituto seria surpreendente para um País de tradições conservadoras. Termo perigoso esse ‘conservador’, porque sei que também leva a interpretações equivocadas como as que ocorreram com o IPEA”, disse.
Para o deputado republicano, o episódio faz pensar que uma pesquisa social pode ser facilmente manipulada e pode influenciar políticas públicas que interessam exatamente à ideologia do pesquisador. “Como estamos entrando em período intenso das campanhas eleitorais, muitos progressistas deturparão o relatório do IPEA. Afinal, eles já perceberam a força conservadora que vai se organizando na sociedade”, alertou o deputado.
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