Exclusivo: deputada Rogéria Santos destaca desafios e conquistas na política na Bahia

Para as eleições, a parlamentar compartilhou que cerca de 450 pré-candidatas republicanas devem disputar o pleito em todo o estado

Publicado em 15/7/2024 - 16:02

Brasília (DF) – Em entrevista exclusiva, a deputada federal Rogéria Santos, secretária estadual do Mulheres Republicanas Bahia, compartilhou sua visão sobre a participação feminina na política, os desafios enfrentados e as iniciativas implementadas pelo movimento para promover a inclusão e a liderança das mulheres. Rogéria detalhou suas experiências pessoais, destacando como sua trajetória de vida influenciou seu compromisso com a causa e enfatizou a importância de projetos como o “Mulher, Tome Partido!”. Ela também abordou a evolução da participação feminina na política e os desafios específicos enfrentados pelas mulheres na Bahia.

Leia agora a entrevista na íntegra.

Quais são as principais barreiras que as mulheres enfrentam ao tentar entrar na política e como o movimento Mulheres Republicanas está ajudando a superá-las?

Rogéria Santos – Veja bem, as barreiras são inúmeras, mas a maior delas é o preconceito, visivelmente impregnado de machismo. No entanto, as mulheres têm buscado mais engajamento, mais envolvimento com as causas sociais e isso tem dado às mulheres mais visibilidade das suas capacidades. Por isso, as questões políticas também são parte desse progresso e, claro, desse processo. Não há como negar que esse crescimento da presença da mulher é uma resposta clara desse engajamento na luta pelas questões sociais. No entanto, a participação da mulher no movimento político ainda é sutil quando comparada à presença masculina.

Como sua trajetória pessoal influenciou sua decisão de se envolver com o Mulheres Republicanas?

RS – Durante toda minha trajetória de vida, sempre assumi muitos compromissos, e em todos eles, assumi com prioridade, seja na igreja, seja na família, seja em qualquer cargo que exerci, seja na política. Diante de tantas responsabilidades, o meu engajamento com o Mulheres Republicanas foi algo natural e progressivo, assim como as atividades desenvolvidas por mim. Devo toda minha capacidade de liderar, de coordenar, de enxergar caminhos de jornada de trabalho ao meu trabalho de missionária na Igreja. Todas as missões que desempenhei ao lado do meu esposo, o bispo Sérgio, me permitiram vislumbrar alguns projetos que me foram confiados. O meu envolvimento com o Mulheres Republicanas representa o meu compromisso com as mulheres da minha querida Bahia. Afinal, todas temos lugar de fala, não somos cota, somos parte de um processo, literalmente, democrático nacional. E, confesso: estou e sou muito feliz em realizar esta missão no Mulheres Republicanas.

Quais iniciativas, de destaque, o Mulheres Republicanas implementou recentemente no seu estado?

RS – Tenho viajado bastante por muitos municípios da Bahia e, em todas essas viagens, pude notar que a mais pertinente e visível iniciativa foi o que a implementação do “Mulher, Tome Partido!” está proporcionando: um clima de muita motivação, entusiasmo, força, além de muito esclarecimento e capacitação. Vejo esse movimento como um poderoso chamamento da mulher para a política. A mobilização política é inacreditável, como uma catarse de alegria, motivação e força, representando a presença da mulher na política como um novo ideal e uma mostra de que podemos muito e podemos mais ainda fazer pelo povo, pela mudança, pelo desenvolvimento, levando mais qualidade de vida para todos os baianos, também para o Brasil.

Como você enxerga a evolução da participação feminina na política?

RS – Vejo um avanço, pois enxergo mulheres guerreiras, cheias de força de vontade que desejam lutar para conquistar seus espaços na política. Digo isso porque sei que se não lutarmos, não teremos êxito nas eleições, não teremos lugar de voz na política. A nossa entrada é conquistada, dia após dia, na rua, com o povo, no chamamento ao despertar do povo para com as questões políticas. É importante que a sociedade entenda e participe, cada vez mais, dessas definições políticas, inclusive a da escolha do seu representante.

Qual é a importância da representação feminina em cargos de liderança e decisão?

RS – É inegável e indiscutível que a mulher tem sua importância, seu lugar em vários segmentos. Os cargos de liderança e de decisão são dois ambientes que têm sido ainda motivo de luta e de conquista. A mulher, embora possua total capacidade e ocupe representatividade na sociedade, tem de validar o tempo todo a capacidade. Parece um discurso recorrente! Temos de ser incansáveis, temos de ser resistentes. Por outro lado, essa capacidade de lutar não é algo passageiro no instinto feminino, é algo pontual e real que invade o âmago de nossas personalidades. Portanto, a mulher tem sim seu lugar de destaque, de liderança e com exímia apresentação, contrariando, logicamente, a narrativa histórica de homens na liderança.

Quais são os principais nomes no estado da Bahia para as Eleições 2024?

RS – Existem vários nomes relevantes surgindo para as Eleições de 2024 no estado. Porém, gostaria de destacar algumas das pré-candidatas ao Executivo que são: Mariza Bonfim, em Simões Filho; Milena Hungria, em Wagner; Viviany Andrade, em Serrinha; e Fatinha, em Itiúba.

Há algum evento que gostaria de destacar?

RS – Todos os movimentos do “Mulher, Tome Partido!” aqui, do meu estado da Bahia, e um, em especial, que foi realizado em Salvador, reunindo quase 300 pré-candidatas. Elas passaram por uma capacitação no período da manhã e uma troca de experiências políticas, de muita interação e networking, no período da tarde. Foi um evento estimulante, entusiasta e de muita felicidade.

Quais são os maiores desafios enfrentados no seu estado?

RS – O recurso para auxiliar essas mulheres e a logística geográfica. A Bahia é bem grande e temos muita dificuldade de deslocamento das próprias candidatas e de comunicação, ainda que na atualidade; em muitos lugares, a internet é bem ruim; porém, nossas republicanas estão bem motivadas.

Qual mensagem a senhora gostaria de deixar para as mulheres que desejam participar da política?

RS – A minha mensagem é para todas as mulheres republicanas espalhadas pelo Brasil: não desistam! A estrada estará cheia de obstáculos, mas não desistam. Você terá dias de muito cansaço, exaustão, mas nada melhor do que um dia após o outro. Pense que você pode ser a mulher escolhida para mudar a história do seu município. Então, siga adiante e lute pelo seu povo. Que Deus abençoe a cada uma de vocês!

Quantas executivas municipais do movimento Mulheres Republicanas existem hoje no estado?

RS – Aproximadamente, 39 executivas do movimento.

Quantas pré-candidatas mulheres temos para as eleições de 2024 em todo o estado?

RS – Aproximadamente, 450 pré-candidatas. A principal pretensão é eleger o máximo de mulheres do nosso partido, indiscutivelmente, com fé em Deus e muito trabalho.

Texto: Ascom Mulheres Republicanas Nacional
Foto: Arquivo

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