Republicanas comentam a homenagem da Mattel a cientista brasileira

Ireuda Silva, Tânia Teixeira e Tia Ju falaram sobre o feito

Publicado em 9/8/2021 - 08:00

Brasília (DF) – Muita representatividade e orgulho define o sentimento de muitas brasileiras com a notícia que vem repercutindo na mídia, no Brasil e no mundo. A escolha de uma brasileira, mulher, negra e cientista que desbravou o Covid-19 vem dando o que falar quando o assunto é empoderamento feminino.

A biomédica brasileira Jaqueline Góes de Jesus foi uma das cientistas escolhidas pelas fabricantes de brinquedos Mattel para ser homenageada com a boneca Barbie, por seu trabalho na pesquisa. A jovem de 31 faz parte da equipe responsável pelo sequenciamento genético do novo coronavírus dos primeiros casos de covid-19 na América Latina.

Nas redes sociais, nossas republicanas estão comemorando a notícia com muito orgulho e destacam a força da mulher e toda representatividade. A vereadora Ireuda Silva, destaca o trabalho da sua conterrânea como mulher negra e toda a importância que essas bonecas têm para a infância.

“É algo essencial, pois nesse período tem-se a formação da nossa identidade enquanto pessoas negras. Fiquei muito feliz em ver que Mattel criou uma boneca da Jaqueline Goes em homenagem pelo seu trabalho. Essa bela homenagem em corpo da boneca Barbie Role Models, com certeza serve para inspirar as crianças ao redor do planeta a sonharem e serem o que elas quiserem ser”, disse a baiana.

O Mulheres Republicanas do DF também ressaltou o empoderamento feminino que essa notícia trouxe para o segmento da mulher.

“Acompanhar o empoderamento feminino e vislumbrar a vitória das mulheres, deixa o nosso coração aquecido demais”, disse Tânia Teixeira, secretária estadual do movimento feminino do DF.

A deputada estadual e secretária nacional do Mulheres Republicanas, Tia Ju, aponta que essa iniciativa é muito importante para a ciência e para a sociedade como um todo.

“A iniciativa da Mattel marca a representatividade da mulher negra, que, infelizmente, ainda encontra-se, na maioria das vezes, em uma posição social em que o acesso à educação e aos cargos mais elevados na carreira acadêmica são dificultados pela falta de aporte financeiro e oportunidades. Mulheres como Jaqueline Góes são inspiração para que outras mulheres acreditem no seu potencial e alcancem o topo das carreiras nas áreas da ciência”, diz.

Tia Ju também afirma que muito antes de receber a notícia, a parlamentar tem em sua autoria um Projeto de Lei que dispõe sobre a criação do programa estadual, no Rio de Janeiro, de incentivo ao protagonismo das mulheres na ciência.

“Apresentei a cientista Jaqueline como exemplo de mulher cientista que vêm prestando importantes contribuições para o desenvolvimento da ciência em nosso estado. Atualmente, esse universo é, predominantemente, masculino, muito embora tenhamos muitas mulheres com talento e grande aptidão para atuação nessa área. Por isso, precisamos promover a valorização da presença feminina neste setor, combater a desigualdade de gênero, e estimular meninas e adolescentes em formação a investirem na carreira científica”, apontou.

Jaqueline postou em suas redes sobre a homenagem que recebeu da Mattel e de como vai poder influenciar mais mulheres e crianças. “Enquanto cientista, mulher e negra, ser homenageada pela Barbie e me tornar um modelo para novas gerações é provar que através das oportunidades, o talento e inteligência podem alcançar e até gerar frutos positivos para uma nação”, fala a biomédica, que ainda destaca a dedicação e o comprometimento que todos os profissionais da linha de frente exibiram no combate à pandemia. “Crianças imaginam que podem ser o que quiserem, mas ver o que podem se tornar, ouvindo as trajetórias de outras pessoas e reconhecendo-se nelas faz toda a diferença”, disse a homenageada

Além dela, outras cinco cientistas também foram homenageadas com a boneca, entre elas a britânica Sarah Gilbert, que liderou a criação da vacina de Oxford-AstraZeneca.

Sobre a homenageada

Natural de Salvador, filha de uma enfermeira e de um engenheiro civil, Jaqueline Goes ela é atualmente pesquisadora bolsista da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em nível de pós-doutorado, no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo — Universidade de São Paulo (IMT-USP). Também desenvolve pesquisas na área de arboviroses emergentes.

A cientista é graduada em Biomedicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, mestre em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) pelo Instituto de Pesquisas Gonçalo Moniz — Fundação Oswaldo Cruz (IGM-FIOCRUZ) e Doutora em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia em ampla associação com o IGM-FIOCRUZ.

Texto: Ascom – Mulheres Republicanas Nacional
Fonte: BBC
Foto: Mattel

 

 

 

 

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