Márcio Marinho recebe delegação de Moçambique

Comitiva de oito parlamentares moçambicanos vieram em busca de aprofundar conhecimento sobre o Sistema Brasileiro de Captação e Transplantes de Órgãos

Publicado em 29/4/2019 - 00:00 Atualizado em 9/7/2020 - 09:00

Brasília (DF) – O deputado federal Márcio Marinho (PRB-BA), presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil -Moçambique, recebeu, na terça e quarta feira (23 e 24 de abril), uma comitiva de oito parlamentares moçambicanos que vieram em busca de aprofundar conhecimento sobre o sistema brasileiro de captação e transplantes de órgãos. As informações, exemplos e experiências brasileiras devem embasar a elaboração de um projeto de lei que irá implantar um sistema semelhante em Moçambique. Uma outra comitiva de deputados daquele país também foi a procura das experiências na área, em Portugal.

Marinho acompanhou a comitiva numa visita técnica ao Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, órgão que tem a expertise em transplantes de córnea, rim, pulmão, fígado, coração, tecidos e medula óssea. Lá, receberam informações importantes para compor o projeto de lei moçambicano, como, por exemplo, a necessidade de compatibilidade total entre o doador e a pessoa que irá receber o órgão, tais como altura, tipo sanguíneo, peso e outros detalhes.

Márcio Marinho recebe delegação de Moçambique

Marinho se predispôs a participar, juntamente com outros membros do Grupo de Amizade Brasil-Moçambique, além de especialistas médicos e representantes do governo brasileiro ligados ao setor, de audiência pública a ser realizada na Assembleia Legislativa daquele país. A ideia é contribuir, in loco, com mais informações e dirimir dúvidas a respeito do sistema brasileiro. Além de membros do Grupo de Amizade, Marinho sugeriu o convite também a doutora Daniela Ferreira Salomão Pontes, da coordenação geral do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, e da doutora Núbia Werlwson Vieira, diretora presidente do Instituto de Cardiologia do DF. “Duas profissionais que darão segurança e embasamento para o sistema que desejam implantar”, afirmou o republicano.

O deputado federal Gilberto Abramo (PRB-MG) lembrou que o Brasil, apesar de ter avançado nas pesquisas, ainda enfrenta uma grande barreira que é a falta de conscientização da população a respeito da própria importância da doação de órgãos. “Este acaba sendo o maior obstáculo que enfrentamos aqui no país”, disse.

Márcio Marinho recebe delegação de Moçambique

Já a deputada federal Maria Rosas (PRB-SP) afirmou que apesar de ser um assunto muito polêmico, é de extrema importância. “O que está acima de tudo isso é a expectativa de vida, o aumento da expectativa de vida, e isso não tem preço! Salvar vidas tem que ser nossa prioridade, dar mais qualidade de vida para as pessoas. Depois que foi aprovada a nossa lei, quantas vidas foram salvas? Quantas pessoas tiveram uma qualidade de vida melhor? Passaram e enxergar com nova córnea, passaram a não ter mais que se submeter aos aparelhos de hemodiálise, com o transplante de rim, e voltaram a ter uma vida normal”, afirmou a republicana. “Lógico que ainda tem muita coisa que as pessoas têm que desmistificar, não é só dizer: vou doar meu órgão com quem eu deixo? A família, muitas vezes, não quer fazer esse tipo de doação. Ainda há esses entraves”, alertou Rosas.

A comitiva também foi recebida pelo vice-presidente da Câmara, deputado federal Marcos Pereira (PRB-SP), que manifestou entusiasmo em poder cooperar facilitando o acesso às informações e agilizando as pesquisas necessárias. “Parabenizo a iniciativa, muitas vezes mal compreendida, mas tão importante para as nações. Reitero minha disposição em poder cooperar com países irmãos e amigos”, disse Pereira.

A parlamentar moçambicana que comandou a comitiva e preside a Comissão dos Assuntos Sociais, do Género, Tecnologias e Comunicação Social da Assembleia da Republica de Moçambique, Antónia Simão Paulo Charre, acredita que o presidente da Assembleia da República de Moçambique vai receber de muito bom grado a proposta de audiência pública com representantes brasileiros. E afirmou que, mesmo que se aprove a lei lá no país africano, “será necessário esse trabalho de clarificação e de desmistificação de vários preconceitos que a nossa sociedade tem”, disse.

Além dos parlamentares moçambicanos, a comitiva foi composta, ainda, pelo embaixador de Moçambique no Brasil, Gamiliel Munguambe.

 

Texto: Érica Junot, com informações da Ascom – deputado federal Márcio Marinho
Edição: Mônica Donato / Ascom – Liderança do PRB
Fotos: Douglas Gomes

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