Em entrevista, Beto Mansur fala sobra sua trajetória política

Entrevista com Beto Mansur, deputado federal pelo PRB São Paulo

Publicado em 28/4/2014 - 00:00 Atualizado em 18/6/2020 - 10:58

Beto Mansur é seu nome político. O republicano foi registrado como Paulo Roberto Gomes Mansur. Nasceu na cidade de São Vicente, litoral paulista, no dia 7 de julho de 1951. Sua mãe, Dona Nena, é filha de portugueses, e nasceu na capital paulista. Seu pai, Senhor Paulo, nasceu em Igarapava, no interior do estado, e era filho de sírios. Os dois se conheceram em São Vicente e com apenas dois meses de namoro se casaram.

O pai de Beto Mansur era dono da rádio Cultura de São Vicente, onde com o passar dos anos começou a trabalhar. Ficava nos bastidores enquanto seu pai  fazia o programa “A Voz do Povo”. Era um programa voltado para os trabalhadores e a população mais carente. Um militante político que em 1962 foi eleito deputado federal. Ele defendia os direitos dos portuários e incentivou muitas greves no cais de Santos.

“Passei minha adolescência entre o trabalho na rádio da família e as aulas no Colégio Santista e Tarquínio Silva. Aos 22 anos, entrei para a faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Mackenzie, em São Paulom 1975, ainda fazendo faculdade, eu conheci uma das pessoas mais importantes da minha vida: Ylidia Mansur, minha esposa. E agora somamos 35 anos juntos, mas parece que foi ontem”.

 

ENTREVISTA

1 – Como o senhor iniciou sua carreira política?

Beto Mansur – Eu custei a perceber  minha vocação para a vida pública. Só em 1988, já com 37 anos, disputei minha primeira eleição. Fui convidado pelo jornalista Raul Cristiano para entrar no PSDB e me candidatar a vereador porque eu já era conhecido de muitos santistas.

É que em 1987 eu havia começado a apresentar um programa de rádio que ficou muito popular. O programa se chamava “Eu Preciso de Você” e fazia a ponte entre pessoas que precisavam de algo e outras interessadas em doar.

Comecei a campanha no dia do meu aniversário. Em três meses eu estava eleito com mais de 7 mil votos. Fui o segundo vereador mais votado de Santos. Só perdi para o saudoso e folclórico Zé Macaco”, relembra Beto. O slogan da campanha era “Aposte num Jovem”. É que a maioria dos vereadores santistas era mais velha e mais antiga na política.

Considero que meu crescimento na vida pública foi rápido. Com dois anos na Câmara Municipal, me candidatei a deputado federal e venci. Foram mais de 69 mil votos. Fiquei só dois anos no legislativo santista, mas aprendi muito com os políticos da época.

Daí em diante, não parei mais. Em 1994, candidatei-me à reeleição e voltei para a Câmara Federal com o apoio de mais de 86 mil eleitores.

Na sequência, fui prefeito de Santos por dois mandatos consecutivos (de 1997 a 2004). Um período em que conseguimos fazer grandes e estruturantes obras na cidade, e das quais me orgulho ainda hoje.

 

2- E agora, o senhor está de volta à Brasília, cumprindo mais um mandato de deputado, na Câmara dos Deputados?

Beto Mansur – É sim. Durante dois anos, depois de sair da prefeitura de Santos (2005 e 2006) dediquei-me apenas às minhas empresas, voltando à Câmara Federal em 2007 para cumprir meu atual mandato.

Acho que a política está mesmo no meu sangue. Sou político 24 horas por dia. E posso ser assim porque tenho uma família que me apoia muito. Como também sou empresário, preciso dessa retaguarda para continuar tocando meus negócios. Nunca deixei a atividade de empreendedor por conta da política, até porque não quero depender dela para sobreviver. Sou produtor rural, planto basicamente soja, milho e feijão. Crio gado. E acho que assim, também estou contribuindo para a produção de alimentos no nosso país, que também é uma demanda crescente não só no Brasil, mas no mundo todo.

Outra atividade empresarial minha é na área de rádio e tv. Sempre fui um homem da Comunicação. Gosto desse contato com as pessoas, de saber o que elas pensam… interagir. Procuro sempre manter um diálogo semanal  com a população, especialmente da minha região, por meio de entrevistas na Rádio Cultura AM/FM da Baixada Santista, e na Rede VTV que retransmite a programação do SBT nas regiões de Santos e Campinas, em São Paulo. Tenho participado também semanalmente do programa “Balanço Geral”, da rede Record de Tv na Baixada Santista e no Vale do Paraíba.

Para tanto, procuro me manter sempre atualizado. Pela manhã, depois de ler os principais jornais da minha região,  (Estadão, a Folha, o Valor Econômico e o Jornal “A Tribuna”), leio as agências de notícias na internet, com reportagens online; busco ainda interagir permanente nas redes sociais, tanto que tenho facebook e twitter.  Acho que todo político tem que estar conectado com as novas mídias sociais, e procurar interagir sempre, até mesmo para sentir os anseios da nossa sociedade.

 

3- Porque escolheu o PRB?

Beto Mansur – PRB é um partido diferente. Nosso objetivo é trabalhar pelo Brasil, não em troca de negociação de cargos no Governo, ou onde quer que seja.

O PRB é um partido aberto ao bom debate e as questões mais nobres e importantes da sociedade brasileira. É uma legenda que tem forte atuação nas questões que dizem respeito a família, a segurança pública, a defesa do consumidor, a saúde e a educação. São todas questões que considero de importância premente para o país. E, neste partido, esperamos contribuir, realizando um trabalho que se some às práticas políticas mais saudáveis deste país.

 

4- Quais suas principais “bandeiras” como parlamentar do Congresso Nacional?

Beto Mansur – Logo que vim para a Câmara dos Deputados em Brasília, fui o primeiro relator do Código Brasileiro de Trânsito. Fizemos mudanças estruturais nesta lei que foi e ainda é uma das mais importantes deste país, no meu entendimento, no sentido de tentar coibir os abusos no trânsito. Implementamos, posteriormente, algumas regras para endurecer ainda mais as punições para quem comete infrações, como por exemplo a atual lei seca, que considero um dos destaques para a mudança de comportamento do motorista, e, consequentemente, das taxas de mortalidade no trânsito.

Também no meu primeiro mandato de deputado federal, fui um defensor ferrenho da quebra do monopólio das telecomunicações, tanto que criamos, à época, uma Frente Parlamentar pela Quebra do Monopólio das Telecomunicações. Sempre acreditei, e hoje a realidade mostra isso, que essa medida seria fundamental para o desenvolvimento do nosso país. Naquele tempo, telefone era tão caro que era possível declará-lo no imposto de renda. Hoje em dia, depois que quebramos esse monopólio, o setor de telefonia se expandiu, e a grande maioria do nosso povo pode ter seu telefone móvel, a preços mais accessíveis, graças à concorrência. Claro que temos problemas graves, especialmente na prestação de serviços, mas já estamos trabalhando nesta questão aqui no Congresso Nacional, discutindo, pensando e elaborando medidas que coíba e puna eventuais abusos, aumente a fiscalização, amplie o acesso da população ao setor, com preços cada vez mais acessíveis e serviços de alta qualidade. É isso que a gente quer e trabalha.

Sempre defendi também projetos e propostas que busquem mais investimentos (internos e externos) para o país, nas áreas de infraestrutura, dos mais diversos setores: rodovias, ferrovias, hidrovias, aerovias, de segurança, de educação e de saúde. Atuamos com fervor também nos projetos de modernização dos portos e aeroportos do país. E ainda no setor agropecuário. Os governos precisam olhar com bons olhos os setores produtivos, pois são eles que vão garantir o futuro de sustentabilidade do Brasil.

Como parlamentar ainda, temos uma atuação focada na busca de recursos federais (por meio de emendas parlamentares ou direto do orçamento da União, via ministérios), sempre no sentido de viabilizar esses investimentos pelos quais lutamos.

 

Por Ascom – deputado federal Beto Mansur
 Foto: Douglas Gomes

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