”Custo Brasil” segue como principal entrave para a abertura comercial, diz Marcos Pereira

“Custo Brasil” segue como principal entrave para a abertura comercial, diz Marcos Pereira

Em reunião com lideranças, deputado destacou que o Brasil possui grande potencial produtivo, porém oferece ambiente de negócios hostil a quem empreende ou deseja empreender

Publicado em 18/12/2019 - 00:00 Atualizado em 4/6/2020 - 13:56

Brasília (DF) – Apesar de todo o otimismo com a perspectiva de melhora da economia para 2020, deputados, senadores, empresários e representantes de associações e confederações afirmaram ao secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, que o Custo Brasil precisa ser atacado para garantir um ambiente de negócios mais favorável a fim de que a abertura comercial não seja arrasadora para o setor produtivo brasileiro. A reunião ocorreu na manhã de hoje (17) e foi proposta pelo vice-presidente da Câmara, deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP), a exemplo do encontro de mesmo formato realizado na semana passada com o secretário de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo.

Marcos Pereira destacou que o Brasil possui um grande potencial produtivo, porém oferece um ambiente de negócios hostil a quem empreende ou deseja empreender. Ele lembrou do seu trabalho como ministro na busca pela desburocratização. “Se o governo não atrapalhar já ajuda”, disse, e cobrou um diálogo propositivo entre os poderes Executivo e Legislativo e o setor produtivo.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Veloso, comemorou a volta do crescimento da economia e dos investimentos que, segundo ele, não ocorria desde 2013. Ele elogiou as medidas tomadas pelo governo até aqui, como o “corte de gastos, câmbio apropriado e obstinação por reformas”, mas apontou que é preciso avançar nos ajustes tributários e sua simplificação, em transparência e em desoneração de investimentos.

O deputado Newton Cardoso apontou que o Custo Brasil “está na casa do trilhão de reais” (R$ 1,5 trilhão, de acordo com a própria Sepec) e equivale a 22% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele reclamou que o País basicamente exporta comodities e que não tem conseguido agregar valor ao produto extrativista. “Precisamos criar condições para reverter essa situação e seguir exemplos de outros países”.

Todos os representantes de associações se manifestaram favoravelmente à abertura comercial, que pressupõe a redução de barreiras internas e maior inserção do Brasil no mercado internacional, porém foram unânimes quanto ao planejamento, à transparência e a clareza das ações que serão tomadas a fim de garantir previsibilidade ao setor produtivo brasileiro.

Texto e fotos: Ascom – deputado federal Marcos Pereira
Edição: Agência Republicana de Comunicação (ARCO)

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