Vereadora quer tombamento do Herbário Barbosa Rodrigues em Itajaí

Setor imobiliário quer derrubada para atender segmento

Publicado em 9/4/2014 - 00:00

Vereadora quer tombamento do Herbário Barbosa Rodrigues em Itajaí
A vereadora Anna Carolina Martins (PRB-SC) protocolou indicação pedindo que o prefeito Jandir Bellini tome as providências

Itajaí (SC) – Não é de agora que se discute sobre o interesse do setor imobiliário em ver a derrubada do prédio do Herbário Barbosa Rodrigues, em Itajaí. Neste tempo, foi cogitada a possibilidade de tombarem o edifício, mas depois recuaram. A vereadora Anna Carolina Martins (PRB-SC) protocolou indicação pedindo que o prefeito Jandir Bellini tome as providências para garantir o tombamento do imóvel para que se torne patrimônio histórico do Município. “Não podemos deixar que um prédio que faz parte da história da nossa cidade seja derrubado para atender interesses do setor imobiliário”, justifica a parlamentar. O imóvel que abriga o herbário foi finalizado em 1954.

O Herbário Barbosa Rodrigues, que completou 71 anos no ano passado, é reconhecido em outros estados brasileiros e até mesmo em outros países pelo acervo na área botânica e pelas publicações por quais são responsáveis. Em 22 de junho de 1942, o padre Raulino Reitz fundou a organização no município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Na época, contava com seis caixas de papelão com plantas e 15 livros. Quatro anos depois, ele se graduou e veio para Itajaí já com mais de mil exsicatas (amostras secas de plantas), transferindo a entidade para o nosso município. Atualmente, além de vasta bibliografia, o Herbário abriga mais de 70 mil exsicatas, além de ser responsável pela edição da Flora Ilustrada Catarinense e pela revista Sellovia – ambas enviadas para várias partes do mundo.

O que é tombamento?

Segundo o artigo 17 do Decreto Lei Federal 25/37: “As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruídas, demolidas ou mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob pena de multa de 50% do dano causado. Parágrafo único: tratando-se de bens pertencentes à União, aos Estados ou aos Municípios, a autoridade responsável pela infração do presente artigo incorrerá pessoalmente na multa”.

Outros pedidos feitos por Anna Carolina voltados ao patrimônio histórico:

– Tombamento da edificação da Loja Maçônica, que fica na rua XV de Novembro (em resposta, Fundação Cultural informou que o pedido foi encaminhado ao Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural, que ainda não se manifestou);
– Indicação para o restauro da Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, a partir de laudo de constatação da Defesa Civil (sem resposta do Município até agora);
– Pedido para que a Defesa Civil também fizesse laudo de constatação da Capela Santa Terezinha, de Cabeçudas (em resposta, o órgão informou que a igreja está em bom estado);
– Ação Popular exigindo que o Município restaure o edifício de Fiscalização do Porto, que é tombado, mas está ruindo pelo descaso do poder público (Justiça determinou o restauro, mas o Porto recorreu da decisão).

Texto: Cláudio Eduardo / Ascom – vereadora Anna Carolina
Foto: Davi Spuldaro

 

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