Valdemir Soares quer esclarecimentos sobre aumento da tarifa de ônibus em Curitiba

Passagem dos coletivos teve um aumento de R$ 0,40. Valor começou a ser cobrado no dia 1º de fevereiro

Publicado em 4/2/2016 - 00:00

Valdemir Soares quer esclarecimentos da Prefeitura de Curitiba sobre aumento da tarifa de ônibus
Desde segunda-feira (01), passageiros são obrigados a pagar R$3,70 de passagem de ônibus, sem nenhuma justificativa oficial da Prefeitura de Curitiba para o aumento imediato de R$ 0,40

 

Curitiba (PR) – Fevereiro começou mais caro para os usuários do transporte coletivo da capital paranaense, que desde segunda-feira (01) são obrigados a pagar R$3,70 de passagem de ônibus, sem nenhuma justificativa oficial da Prefeitura de Curitiba para o aumento imediato de R$ 0,40. A falta de transparência foi contestada pelo vereador Valdemir Soares (PRB-PR) na Tribuna da Câmara Municipal e questionada em dois pedidos de informações de sua autoria que solicitam esclarecimentos sobre os motivos para o aumento da passagem e detalhes sobre o encaminhamento do relatório final da CPI do Transporte Coletivo, da qual foi sub-relator, e apontou possibilidade de redução da tarifa.

O vereador quer saber quais foram as demandas demonstradas no relatório da CPI atendidas pelo Poder Executivo; quais os encaminhamentos dados ao relatório após o recebimento pelo prefeito; e quais as recomendações do Tribunal de Contas do Estado do Paraná – que também sugeriu retirada de itens irregulares da planilha de cálculo das empresas concessionárias- foram acatadas. “Já passou da hora da Prefeitura de Curitiba, da Urbs e das empresas do transporte público do município se atentarem às recomendações do Tribunal de contas do Estado e do relatório da CPI do transporte da Câmara de Vereadores, que apontou possibilidade de tarifa no valor de R$ 2,25”, afirmou Valdemir.

Segundo o republicano, o “silêncio” do prefeito em relação ao relatório da CPI, elaborado após meses de intenso trabalho, e às recomendações do TC “trazem prejuízo à população curitibana”. Sobre o aumento da passagem de ônibus, Valdemir pede esclarecimentos sobre a elaboração do cálculo; o impacto financeiro da nova tarifa de R$ 3,70; e a quantidade de passageiros que o sistema de transporte coletivo atende no mês. “Foram mais de 10 situações em que os trabalhadores tiveram que fazer indicativos de greve, paralisações e greves por atrasos nos salários no ano passado. Até parece que prejudicam os trabalhadores como desculpa para aumentar a passagem sem transparência nenhuma”, comentou.

Durante pronunciamento na última terça-feira (02), Valdemir alertou para o indicativo de greve dos trabalhadores do sistema de transporte coletivo e um possível novo aumento da passagem nos próximos meses, considerando que o reajuste salarial dos funcionários ainda não foi definido e pode impactar na tarifa. “As empresas alegam que o valor cobrado atualmente não está cobrindo os custos de operação do serviço, mas não há argumentos reais e oficiais de que as empresas têm prejuízos. O contribuinte que já paga muito caro para andar em ônibus velhos com desconforto não pode ser desrespeitado dessa forma”, pontuou o vereador.

O vereador do PRB também chamou atenção dos demais colegas de parlamento para a importância do tema no cotidiano da cidade de Curitiba. “Não adianta querer esconder debaixo do tapete, não adianta querer achar que um aumento de quase 13% em um serviço que é de uso comum da maioria da população todos os dias, vai ficar esquecido por causa da falsa sensação de bem estar que está nesse parlamento, e que não coincidirá com o ‘sentimento das ruas’, após o feriado do Carnaval”, disse Valdemir ao mencionar o protesto contra o aumento da tarifa e as próximas manifestações que estão sendo organizadas.

Além de cobrar posicionamento dos demais vereadores, ele criticou a falta de ações do Poder Executivo. “Fomos eleitos para discutir assuntos relevantes na cidade, e não há assunto de maior relevância do que o aumento da passagem de ônibus, do que o caos que se encontra no Sistema Único de Saúde (SUS), as nossas ruas esburacadas. Não se faz nada ! Não há manutenção, segurança, ações institucionais de prevenção às drogas, nem ações administrativas que são de interesse da população funcionando na nossa cidade”, criticou.

Texto e foto: Ascom – vereador Valdemir Soares

 

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