Marcos Pereira defende integração comercial da América Latina

Ministro participa de debate no Fórum Econômico Mundial, em Buenos Aires

Publicado em 7/4/2017 - 00:00

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Ministro Marcos Pereira participa de debate no Fórum Econômico Mundial, em Buenos Aires

Buenos Aires – As mudanças recentes no cenário global, como a saída do Reino Unido da União Europeia e as incertezas a partir das novas diretrizes da política comercial norte-americana, foram discutidas esta tarde, no Fórum Econômico Mundial para a América Latina, em um painel que teve a participação do ministro Marcos Pereira (PRB). Ao lado dos ministros da Produção da Argentina, Francisco Cabrera; do secretário de Economia do México, Ildefonso Guajardo; e do ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz; Marcos Pereira defendeu maior integração regional ao destacar que comércio entre os países caiu 20% em 2015.

“Assistimos à ascensão de políticas comerciais mais nacionalistas e protecionistas fora da nossa região no mesmo momento em que os países latino-americanos estão fazendo o caminho inverso: nossos países querem mais abertura e maior inserção internacional”, afirmou o republicano no debate que foi transmitido ao vivo pelo site do Fórum Econômico Mundial.

Ao falar da importância dos países se abrirem ao comércio internacional, Pereira citou dados da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal) que mostram queda do comércio intrabloco: em 2016, as exportações da América Latina e do Caribe caíram 5% e as importações sofreram queda de 9%, completando quatro anos consecutivos de contração dos fluxos comerciais da região.

“É importante notar que o comércio intrarregional é o que mais tem decrescido. Em 2015, enquanto as exportações da América Latina e do Caribe ao resto do mundo caíram 13,9%, as trocas entre os próprios países da região foram reduzidas em 20,3%”, acrescentou.

Ainda segundo a Cepal, a participação de bens e serviços da América Latina e do Caribe no comércio mundial é de apenas 6%, o mesmo percentual há 15 anos. No caso dos bens de alta tecnologia, essa participação experimentou um retrocesso: de 8% para 5%, em 15 anos.

Para Marcos Pereira, a perda de receitas com o comércio exterior na América Latina e o arrefecimento do consumo interno se traduzem na necessidade de buscar novos parceiros comerciais ou a expansão de instrumentos já existentes, como tem sido feito pelo Brasil.

“Houve uma mudança de postura em direção a um alinhamento dos sócios do Mercosul. É importante que Brasil e Argentina se abram e sejam líderes desse processo”, sinalizou. “Nós estamos negociando e queremos, no nível político, anunciar um acordo Mercosul-União Europeia ainda este ano”, acrescentou o ministro.

Marcos Pereira também participa de outro painel sobre o futuro da produção na América Latina. 

Texto e foto: Ascom – MDIC

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