Fórum Econômico Mundial América Latina 2018 será em São Paulo

O anúncio foi feito pelo ministro Marcos Pereira durante o encerramento do Fórum, em Buenos Aires. Evento reuniu alta cúpula dos governos e principais lideranças do setor produtivo

Publicado em 10/4/2017 - 00:00

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O anúncio foi feito pelo ministro Marcos Pereira durante o encerramento do Fórum, em Buenos Aires. Evento reuniu alta cúpula dos governos e principais lideranças do setor produtivo

Brasília (DF) – A cidade de São Paulo sediará, em 2018, a edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). O anúncio foi feito na sexta-feira (7), pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), durante o encerramento do Fórum, em Buenos Aires.

O ministro, que esteve pessoalmente envolvido nas tratativas para que o evento fosse realizado no Brasil, afirmou tratar-se de uma oportunidade ímpar para o país ser protagonista de um dos principais encontros econômicos do mundo. Ele tratou deste assunto com Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial em janeiro deste ano, quando participou do evento em Davos.

“Fico muito orgulhoso que o WEF Latin America será sediado no próximo ano em São Paulo. O governo brasileiro está empenhado em receber todos os representantes dos governos da América Latina e também do setor produtivo e acadêmico em nossa cidade”, disse Marcos Pereira na cerimônia de encerramento do Fórum.

Neste ano, a edição do WEF reuniu mais de mil empresários, ministros estrangeiros e altos funcionários e organismos internacionais em três dias de evento.

Fórum Econômico Mundial da América Latina 2017

Semana passada, o ministro Marcos Pereira cumpriu extensa agenda de trabalho em Buenos Aires, com vistas a fortalecer e aumentar o comércio entre Brasil e Argentina e com os demais parceiros da América Latina.

Na terça e quarta-feira (4 e 5/04), Marcos Pereira, o ministro da Produção da Argentina, Francisco Cabrera e membros dos dois ministérios participaram da 4ª Reunião da Comissão Bilateral de Produção e Comércio. Na ocasião, foi assinado o Plano de Implementação do Certificado de Origem Digital (COD), que vai representar uma economia custos de pelo menos 35% na emissão do documento e uma redução de prazos de até três dias para cerca de 30 minutos.

Marcos Pereira e Cabrera também assinaram uma Declaração Conjunta nas áreas de Pequenas e Médias Empresas e Inovação. O ministro ressaltou a iniciativa de harmonização e simplificação de regimes de importação e exportação, buscando facilitar a inserção dessas empresas no comércio exterior, e aproveitou para mencionar que, recentemente, a Secretaria de Pequenas e Médias Empresas voltou a integrar a estrutura do MDIC.

Ainda na quarta-feira (5), Marcos Pereira e Francisco Cabrera participaram da primeira reunião do Conselho de Ministros da Indústria, Comércio e Serviços do Mercosul, que contou ainda com a presença da ministra da Indústria, Energia e Mineração do Uruguai, Carolina Cosse e do ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite.

Durante a entrevista coletiva realizada após o encontro, o ministro argentino destacou que a ideia de criar o Conselho partiu de conversas de Marcos Pereira com suas contrapartes durante eventos internacionais, como o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos.

Na quinta (6), Marcos Pereira se reuniu com o secretário de Economia do México, Ildefonso Guajardo para tratar de temas relacionados ao comércio bilateral, entre eles, a ampliação do Acordo de Complementação Econômica (ACE – 53). O interesse brasileiro é de ampliar o ACE – 53 tanto para setores industriais como agrícolas, bem como criar novas regras em temas como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio e barreiras não tarifárias. Os ministros acertaram uma nova rodada de negociações para junho, no Brasil.

Pela manhã, o ministro Marcos Pereira também se encontrou com o ministro de Comércio Exterior e Turismo do Peru, Eduardo Ferreyros.

Também na quinta, o titular do MDIC participou do painel “O impulso inesperado para a integração regional”, ao lado dos ministros da Produção da Argentina, Francisco Cabrera; do secretário de Economia do México, Ildefonso Guajardo; e do ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz. No debate, Marcos Pereira defendeu maior integração regional ao destacar que comércio entre os países caiu 20% em 2015.

“Assistimos à ascensão de políticas comerciais mais nacionalistas e protecionistas fora da nossa região no mesmo momento em que os países latino-americanos estão fazendo o caminho inverso: nossos países querem mais abertura e maior inserção internacional”, afirmou o ministro.

Nesta sexta, Marcos Pereira e o chanceler Aloysio Nunes assinaram o Protocolo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (PCFI) entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).

O documento inédito tem como base o modelo brasileiro de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), já assinado pelo Brasil com nove países, numa abordagem pioneira focada no conceito de facilitação do fluxo de capitais, mitigação de riscos e na prevenção das controvérsias.

O ministro Marcos Pereira encerrou sua participação nos painéis do Fórum Econômico Mundial para a América Latina no debate “Comércio na Encruzilhada”, no qual foi discutida a atual conjuntura econômica, em que o Acordo de Facilitação de Comércio da OMC entra em vigor e diversos países flertam com o protecionismo. Os painelistas foram convidados a opinar se este contexto projeta uma crise ou uma oportunidade à colaboração em temas comerciais.

Para Marcos Pereira, houve uma mudança de mentalidade da indústria brasileira que demanda, a cada semana, avanços em acordos. “É necessário entender que precisamos de mais comércio e de maiores fluxos de investimentos. Ao fechar suas portas, nenhum país ganhará. Seremos todos perdedores. Esse contexto pode, sim, projetar uma oportunidade para uma maior colaboração em temas comerciais”, destacou.

Texto e foto: MDIC

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