Criação do Sistema Nacional do Esporte norteia encontro de ministro com secretários de todo o país

Entre os objetivos principais das políticas propostas, está a democratização da prática do esporte no Brasil.

Publicado em 9/2/2015 - 00:00

Criação do Sistema Nacional do Esporte norteia encontro de ministro com secretários de todo o país
Entre os objetivos principais das políticas propostas, está a democratização da prática do esporte no Brasil.

 

São Luís (MA) – O Encontro Nacional de Secretários e Gestores Estaduais de Esporte e Lazer é uma oportunidade para a discussão de políticas públicas para o setor. Um dos temas que esteve no centro dos debates realizados em São Luís (MA), na quinta e sexta-feira (05 e 06/02), foi a criação do Sistema Nacional de Esporte e a delimitação das atribuições das três esferas de governo (União, estados e municípios).

O ministro do Esporte, George Hilton (PRB), que participou da abertura do evento, lembrou o histórico sobre a demanda da criação do sistema nas três Conferências Nacionais do Esporte e destacou a importância de se constituir um arcabouço legal para a continuidade dos programas esportivos no país.

ministro-george-hilton-prb-criacao-sistema-nacional-do-esporte-foto-ascomME-09-02-15-02“No momento, estamos montando uma comissão executiva no Ministério do Esporte para consolidar e sistematizar as propostas que temos ouvido para elaborar o projeto para a criação do Sistema Nacional do Esporte. A partir do resultado apresentaremos o texto à presidenta Dilma Rousseff. Esse sistema terá os moldes do aplicado à educação, uma Lei de Diretrizes e Bases, na qual serão identificadas as responsabilidades dos três entes federativos. É a hora de colocarmos em um arcabouço legal um sistema que permita a continuidade dos programas que apoiam todas as práticas esportivas”, afirmou o ministro.

Durante o encontro, os gestores e secretários debateram o tema e deram suas contribuições para a formação do sistema, que para o secretário de Esporte do Maranhão, Márcio Jardim, será o grande legado do evento. “O maior legado que nós podemos deixar é a construção do Sistema Nacional do Esporte. Portanto, acho que temos que sair daqui abraçados nessa bandeira”, afirmou Jardim.

A ex-jogadora da Seleção Brasileira de vôlei, Leila, assumiu a Secretaria de Esporte do Distrito Federal com a intenção de fazer a discussão em âmbito regional sobre a política do setor, nos moldes do que está sendo proposto para o país. “A ideia que temos é semelhante ao que o ministro propôs. Vamos fazer um grande encontro para discutir o desporto no DF, que será realizado em março, para construir um programa para desenvolver o esporte na cidade, o esporte educacional e de alto rendimento”, disse.

Entre os objetivos principais das políticas propostas, está a democratização da prática do esporte no Brasil. Segundo George Hilton, o fato de o encontro estar sendo realizado no Maranhão já é um bom indicativo para a regionalização dos projetos esportivos. “É preciso democratizar a prática esportiva e o Maranhão, hoje, é um emblema para fazermos com que o norte e o nordeste se tornem grandes celeiros na formação de atletas. O que vamos propor aqui é unir todo o país para o grande legado esportivo das Olimpíadas: o Sistema Nacional de Esporte”.

Discussão política

O velejador Lars Grael, escolhido recentemente por Hilton para ser o presidente da Comissão de Atletas ligada ao Conselho Nacional do Esporte, ressaltou a importância do espaço para a discussão da nacionalização do esporte.

“Quando fui secretário nacional de esporte, tínhamos demandas frequentes dos estados, que iam para pedir o nosso apoio. Traziam demandas regionais, não havia ali, a configuração de uma política nacional. A partir disso, sugeri a criação deste fórum de secretários e gestores do esporte. Foi muito útil no início, porque mostrou a unidade e a força representativa dos estados. Eu acho que a existência do encontro, com tamanho prestígio, mostra o momento de maturidade que atingimos. É o momento de discussão da política do esporte brasileiro”, destacou Grael.

Entre as demandas dos atletas, está o direito a ter maior participação nas decisões e escolhas das entidades que são responsáveis pelo esporte no país. “Queremos a democratização do esporte para que atletas tenham voz e voto na escolha das federações estaduais e confederações brasileiras. Embora seja de alto rendimento, o que o atleta quer é que o esporte seja democratizado no Brasil, no sentido de aumentarmos a base e o acesso ao esporte. E o papel do Estado, conforme está na Constituição, é desenvolver e investir no esporte educacional”, acrescentou Grael.

A programação da sexta-feira (06/02) reservou espaço para painéis como o “Legados dos Megaeventos Esportivos: Avanços e Perspectivas para o Esporte Nacional”, apresentado pelo secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, que destacou a importância da nacionalização dos benefícios que o país terá ao receber os Jogos Rio 2016.

“Queremos que os secretários estaduais sejam grandes defensores desse legado dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, desse conceito da nacionalização. Tragam os exemplos e benefícios aos seus estados. Temos, por exemplo, convênio de recuperação de todo o parque esportivo da Universidade Federal de Alagoas, e isso vem pelos Jogos. Temos que ser parceiros nessa defesa”, disse Leyser.

 

Texto: Gabriel Fialho / Ascom – Ministério do Esporte
Fotos: Ascom – Ministério do Esporte

 

Eu repórter republicano

Quer ser um repórter republicano e ver sua matéria publicada no Portal PRB? É muito simples. A Agência PRB Nacional disponibiliza um contato direto para receber todo o conteúdo (textos e fotos). Anote aí o e-mail: pautas@prb10.org.br. Viu como é fácil? Agora é só participar e nos ajudar a manter esse canal sempre atualizado

 

Reportar Erro
Send this to a friend