Adiamento do Enem 2020: Republicanos apoia medida anunciada pelo governo

O Republicanos entende que a manutenção das datas prejudicaria os estudantes mais vulneráveis

Publicado em 21/5/2020 - 14:16 Atualizado em 3/6/2020 - 11:25

Brasília (DF) – Após o Senado Federal aprovar projeto de lei para o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), na terça-feira (19), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação anunciaram, na quarta-feira (20), que as provas acontecerão em novas datas, com previsão de 30 a 60 dias após divulgado em edital.

O Republicanos foi um dos primeiros partidos a defender o adiamento da prova ao entender que a manutenção das datas, antes agendadas para 1º e 8 de novembro, na versão impressa, e 22 e 29 de novembro, na versão digital, prejudicaria os mais carentes, que estão enfrentando mais dificuldades de ter acesso a conteúdo digital e a uma rotina de estudos sem as aulas presenciais, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Adiamento do Enem 2020: Republicanos apoia medida anunciada pelo governoO senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) destacou a importância da medida, principalmente para os estudantes da rede pública. Ele chamou a atenção para o Projeto de Lei n° 1.277/2020, que determina a suspensão das provas do Enem.

“Votei favorável ao adiamento do Enem. Atendendo ao anseio de milhões de estudantes que tiveram seus estudos comprometidos devido à pandemia. No momento, precisamos garantir todas as medidas que visam o distanciamento social, para que assim possamos salvar vidas”, observou Mecias.

Na semana passada, por meio de seu perfil no Twitter, o deputado federal e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira (Republicanos-SP), afirmou ter “recebido centenas de pedidos de alunos e entidades estudantis pedindo apoio para o adiamento da realização do Enem” e reforçou, também, que “muitos alunos estão prejudicados pela falta de aulas”, pontuou Pereira, que é presidente nacional do Republicanos.

O deputado federal Vinicius Carvalho (Republicanos-SP) defendeu o cancelamento do exame, pois, segundo ele, a suspensão das atividades escolares nos últimos dois meses contribuiu para o aumento da desigualdade entre os estudantes no preparo para as provas. Não podemos permitir que essa prova aconteça este ano. Há muitos jovens em situação de vulnerabilidade, que estudam em colégios públicos e não têm a possibilidade de ter aulas remotas como alunos de escolas particulares”, disse.

A manutenção das datas também era motivo de preocupação para o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que chegou a procurar o Ministério da Educação para discutir a possibilidade do adiamento das provas. “Nós não podemos aceitar injustiças com os alunos que não tiveram oportunidade de se preparar para a prova. Por isso, defendemos o adiamento. O Governo precisa fazer, por meio do Ministério da Educação, uma ampla discussão nacional para definir uma melhor data para aplicar o exame, tão importante para os estudantes de todo o país”, sugeriu Silvio.

O deputado federal Márcio Marinho (Republicanos-BA) também foi um dos que se manifestaram pelo adiamento do Enem 2020. Segundo o republicano, o atual cenário mundial mostra que o agravamento da crise ocasionada pela pandemia terá grandes impactos e não é possível saber se até novembro a pandemia terá se dissipado a ponto de a prova ocorrer sem ocasionar prejuízos aos alunos.

“Estima-se que, até o final do ano corrente, ainda estejamos em regime de afastamento social, ainda que menos rigoroso que a situação atual. Por isso, fazer compromissos futuros que levem a aglomerações é insustentável no atual cenário”, destaca o parlamentar.

Segundo o Ministério da Educação, o Inep promoverá uma enquete direcionada aos inscritos do Enem 2020, a ser realizada em junho, por meio da página do participante. As inscrições para o exame seguem abertas até as 23h59 desta sexta-feira, 22 de maio. Ainda de acordo com o Inep, mais de 3,5 milhões de candidatos já se inscreveram para o Enem.

Por Agência Republicana de Comunicação – ARCO
Foto 1: Agência Brasil
Fotos 2 e 3: Douglas Gomes

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