Projeto prevê obrigatoriedade de álcool em gel nos caixas eletrônicos de SP

Para o vereador Rinaldi Digilio (PRB), objetivo é evitar a contaminação por bactérias e vírus, que podem ser transmitidas pelos teclados, telas dos equipamentos e cédulas de dinheiro

Publicado em 23/8/2017 - 00:00

Projeto prevê obrigatoriedade de álcool em gel nos caixas eletrônicos de SP
“É algo que não tem o custo alto e pode evitar doenças que impactam no orçamento e demanda da saúde pública”, destacou Rinaldi Digilio (PRB), autor da proposta

São Paulo (SP) – As agências bancárias da cidade de São Paulo poderão ser obrigadas a disponibilizar álcool em gel nas áreas dos caixas eletrônicos. Pelo menos é o que prevê o Projeto de Lei nº 553/2017, de autoria do vereador Rinaldi Digilio (PRB), que está em tramitação na câmara municipal. Segundo o republicano, o objetivo é evitar a contaminação por bactérias e vírus, que podem ser transmitidas tanto pelo teclado e telas dos equipamentos, quanto pelas cédulas de dinheiro.

A proposta se baseia em pesquisas como a realizada pela empresa britânica BioCote, que aponta que os teclados de caixas eletrônicos são tão sujos quanto banheiros. “Diferente de outros ambientes, como um restaurante, por exemplo, os bancos não dão acesso fácil a uma pia para que os clientes lavem as mãos antes ou depois de sacar dinheiro nos caixas. Com isso, os teclados podem transmitir doenças a medida em que as pessoas, sem higienizar as mãos, podem simplesmente coçar os olhos ou por os dedos na boca”, afirmou o republicano, autor da proposta.

Com a aprovação da proposta, os bancos poderão ser alvo de advertência com prazo 20 dias para regularização; na segunda fiscalização poderão ser multados em R$ 20 mil; e na terceira oportunidade, a suspensão do Alvará de Funcionamento. O projeto passará pela Comissão de Constituição e Justiça e outras comissões da casa, antes de seguir para duas votações em plenário e a sanção do prefeito João Doria. A expectativa é que o projeto se torne lei municipal até o início de 2018.

“As mãos são veículos de transmissão das bactérias que estão no meio ambiente e a higienização com álcool em gel pode eliminar 99% desses germes. É algo que não tem o custo alto e pode evitar doenças que impactam no orçamento e demanda da saúde pública”, destacou Rinaldi.

Pesquisa

Um projeto feito por cientistas da Universidade de Nova Iorque, chamado “Dirty Money” (Dinheiro Sujo), estuda microrganismo presentes em ações do cotidiano que podem prejudicar a saúde das pessoas. Eles encontraram até 3000 tipos de bactérias em notas de dólares que circulam por Nova Iorque, além de DNA animal e descobriram que 80% das cédulas contém cocaína. Os cientistas apontam que as bactérias encontradas nas notas podem causar infecções da pele, úlceras de estômago e intoxicação alimentar. Os cientistas concluíram ainda que 94% das notas estão contaminadas além do permitido.

“Ficamos surpresos com os nossos resultados, porque as máquinas de caixa eletrônico mostraram estar fortemente contaminadas com bactérias, ao mesmo nível que os lavatórios públicos próximos”, afirmou o microbiologista da BioCote, Richard Hastings, em entrevista ao jornal Telegraph.

Texto e foto: Ascom – vereador Rinaldi Digilio
Edição: Agência PRB Nacional

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