Prefeitura de Itabuna reúne donos de granjas visando o cumprimento da legislação sanitária

Prefeito ouviu os comerciantes para saber de suas propostas, as quais estarão contidas em relatório a ser encaminhado ao Ministério Público

Publicado em 19/11/2013 - 00:00

Prefeitura reúne donos de granjas visando o cumprimento da legislação sanitária
A reunião, que aconteceu nas dependências no Sest/Senat, foi coordenada pelo diretor da Vigilância Sanitária, Antônio Carlos Carvalho

 

Itabuna (BA) – Visando adequar os procedimentos de criação, abate e comercialização de aves no município de Itabuna às normas estabelecidas na Legislação Federal e às exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o prefeito Claudevane Leite (PRB-BA) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, por meio do Departamento de Vigilância Sanitária, reuniu no início proprietários de granjas, que atuam no abate e venda de frangos em diversos estabelecimentos da cidade.

A reunião, que aconteceu nas dependências no Sest/Senat, foi coordenada pelo diretor da Vigilância Sanitária, Antônio Carlos Carvalho, que inicialmente expôs aos empresários e aos seus representantes, a urgente necessidade do estabelecimento de um prazo para que às exigências mínimas previstas na legislação sejam cumpridas, a exemplo da separação dos espaços destinados ao abate e à comercialização.

Carvalho lembrou que muitas das demandas de intervenções da Vigilância Sanitária são advindas de notificações do Ministério Público, a exemplo desta que está sendo feita junto aos abatedouros de frangos. “Portanto, a nossa intenção não é fechar as granjas de Itabuna, mas adequá-las às exigências da legislação”, frisou.

O objetivo da reunião era também ouvir os comerciantes para saber de suas propostas, as quais estarão contidas em relatório a ser encaminhado ao Ministério Público na próxima semana. Em seguida, outro encontro será marcado para que então seja definido um prazo para que as mudanças aconteçam e se cumpram as normas sanitárias e de higiene.

Ao citar como um dos agravantes de risco à saúde humana a contaminação por conta do descarte irregular de vísceras e penas de frangos em locais inapropriados, bem como as condições insalubres de muitos abatedouros, o diretor municipal da Vigilância Sanitária destacou que estudos científicos comprovam que 45% das doenças neurológicas são provenientes do consumo de carnes de abate, transporte, manuseio, conservação e comercialização inadequados.

Comerciantes concordam

Concordando de forma unânime com a urgente necessidade de adequação às normas, os proprietários de granjas apresentaram sugestões para a solução do problema e citaram municípios brasileiros onde o abate e comércio de frango respeitam as normas, inclusive com a proibição da venda do produto dito como abatido na hora. O atacadista e proprietário da Granja Salomão, José Galvão, citou o exemplo do município de Camaçari que implantou há algum tempo um abatedouro coletivo de aves.

“Acredito que poderíamos contar com o apoio do município para implantarmos um espaço semelhante em Itabuna, inclusive fora do perímetro urbano”, opinou. José Galvão também considerou a reunião bastante proveitosa e elogiou a iniciativa da Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde em reunir os empresários para discutir uma solução para o problema.

Dizendo-se disposto a acatar as decisões que forem tomadas no coletivo, o empresário Edson Canta Galo, também ressaltou o caráter educativo das ações da Vigilância Sanitária e reconheceu a urgente necessidade de se estabelecer um prazo para sejam feitas que as adequações. Ele também citou o exemplo do município de Vitória, no Espírito Santo, onde o abate e a comercialização de frango obedecem às normas sanitárias estabelecidas, inclusive com a proibição do franco abatido na hora.

“Temos consciência de que precisamos cumprir a legislação para continuarmos atuando no comércio de frango e estou disposto a fazer isso. Porém, o que queremos é que haja um prazo apropriado, inclusive porque as adequações demandarão investimentos”, argumentou Canta Galo. Ele também concordou com a opinião de desapropriação de área pelo município para os pequenos empresários do ramo possam instalar seus galpões para abates de forma coletiva.

Texto e foto: Ascom – Prefeitura de Itabuna

 

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