Em Manaus, Marcos Pereira diz que se impeachment fosse golpe “não estaríamos aqui”

O presidente Marcos rebateu a tentativa de caracterizar o impeachment como golpe. Ele reforçou que o processo está respaldado pelo STF e pelo Congresso

Publicado em 24/4/2016 - 00:00

O presidente Marcos afirmou que se houvesse qualquer tipo de ilegalidade no impeachment, o PRB não teria concordado com o afastamento da presidente.
O presidente Marcos afirmou que se houvesse qualquer tipo de ilegalidade no impeachment, o PRB não teria concordado com o afastamento da presidente

Manaus (AM) – O advogado, professor de Direito e líder nacional do PRB, Marcos Pereira, criticou duramente a presidente Dilma Rousseff (PT) na manhã de hoje (22), em Manaus, por chamar de “golpe” o processo de impeachment em curso no Congresso Nacional e tentar descredibilizar o Brasil junto à opinião pública internacional. O senador Omar Aziz (PSD) também rebateu a acusação e disse que votará a favor do afastamento de Dilma. Pereira deu posse ao deputado federal Silas Câmara como presidente do PRB no Amazonas.

“Falo como advogado, como professor de Direito, como autor de livro jurídico, que não existe golpe. Se existisse golpe, nós não estaríamos reunidos aqui. Se existisse golpe, o Exército, as Forças Armadas, estariam nas ruas. Se existisse golpe, a imprensa não estaria aqui com liberdade para cobrir, para criticar. Se existisse golpe, a Suprema Corte do Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF), cuja ampla maioria dos ministros foi nomeada pelos governos do PT, não teria se manifestado no processo do impeachment”, discursou o presidente do PRB.

Dilma esteve hoje na ONU, em Nova York, para assinar um acordo sobre o clima com outros 164 países. Havia o receio de que a presidente usasse a tribuna da entidade para falar que seu processo de deposição seria “golpe”, mas evitou o uso da palavra. Ela disse que o Brasil vive um momento “grave” e que o povo saberá “impedir qualquer retrocesso”. Dilma tinha desistido de ir à assinatura para não deixar que o vice-presidente, Michel Temer, assumisse a presidência interinamente, mas acabou por ir.

“Não é uma mudança. Estamos corrigindo um erro. Eu não fui eleito senador mentindo, dizendo que estava tudo bem quando não estava, como fez Dilma Rousseff em 2014. Ela não está satisfeita em sair (da presidência) com a cabeça erguida. Preferiu ir ao exterior vender a ideia de um golpe. Ela não está fazendo mal somente à economia, mas ao Brasil como um todo”, criticou Aziz. O Senado deve votar na próxima semana a admissibilidade do processo de impeachment e tudo indica que Dilma será afastada.

O PRB foi o primeiro partido a deixar a base de apoio do governo ao entregar o Ministério do Esporte e votou unanimemente a favor do impeachment na Câmara dos Deputados. O senador Marcelo Crivella (RJ) também deve seguir o entendimento do partido de que houve crime de responsabilidade por parte de Dilma e votará pela saída da presidente. Para Pereira, o discurso de que há um “golpe” no Brasil é a prova de que já não há argumentos técnicos e jurídicos que defendam o governo.

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Texto: Diego Polachini / Comunicação – Presidência Nacional
Foto: Arthur Castro

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