Rosangela Gomes discute internação compulsória de usuários de drogas

Republicana quer verificar os métodos utilizados para abordar os dependentes

Publicado em 7/12/2012 - 00:00

Rosangela Gomes discute internação compulsória de usuários de drogas
Republicana quer verificar os métodos utilizados para abordar os dependentes

Rio de Janeiro (RJ) – A Comissão de Prevenção ao Uso de Drogas e Dependentes Químicos da Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ) discutiu, recentemente, questões acerca das formas de tratamento dos usuários de álcool e drogas no estado do Rio de Janeiro. A presidente da comissão, deputada Rosangela Gomes (PRB), criticou a internação compulsória de usuários de entorpecentes.

“O que está sendo feito não é internação, é recolhimento. O grande problema não é a internação das pessoas dependentes, mas a maneira como ela é feita. Devemos nos esforçar para que ela seja feita da forma correta. A comissão deve trabalhar para verificar esse problema”, assevera a deputada.

Psicóloga do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), unidade integrante da estrutura de assistência à saúde da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Érica Canarin defendeu que o primeiro atendimento ao usuário em crise deve ser feito pelos hospitais gerais. “Pela Política Nacional de Drogas, todo hospital deve disponibilizar dois leitos para a internação inicial para a desintoxicação do paciente, pois a abstinência pode matar. O crack é um exemplo disso”, explica.

Para a psicóloga, a internação é necessária em casos graves que estão relacionados ao risco de morte do paciente ou de pessoas próximas a ele. “A internação é somente uma parte do tratamento, pois é preciso que o paciente, ao retornar ao convívio social, tenha acompanhamento de profissionais como médicos, psicólogos e assistentes sociais”, pondera.

Representante do Conselho Regional de Psicologia, Vivian de Almeida Fraga considerou que o Estado precisa ampliar sua estrutura para atender a todos os dependentes químicos. “O quantitativo de Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas é inócuo, diante do tamanho e da necessidade para o tratamento ambulatorial adequado. O que temos hoje no estado não dá conta”, declara. Também participaram da reunião o representante da Associação dos Dependentes Químicos-RJ, Marcelo Rocha; a coordenadora do Programa Saúde na Escola, da Secretaria de Estado de Educação, Daise Keller e o professor do Laboratório de Análise de Laboratório de Análise da Violência da UERJ, Ignácio Cano.

Fonte e foto: ALERJ

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