Republicanos vota pela aprovação de ultrassonografia mamária obrigatória no SUS

Republicanos vota pela aprovação de ultrassonografia mamária obrigatória no SUS

Projeto assegura exame gratuito para mulheres jovens com risco de câncer de mama, às que não possam ser expostas à radiação ou para complementar diagnóstico

Publicado em 25/2/2020 - 00:00 Atualizado em 3/6/2020 - 12:29

Brasília (DF) – O Republicanos votou, na quarta-feira (19), pela aprovação do Projeto de Lei 7354/17, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar o exame de ultrassonografia mamária como forma de prevenção de câncer de mama. O texto, de autoria do Senado Federal, vai à sanção presidencial.

A medida beneficia as mulheres que não podem ser expostas a radiação, na faixa etária de 40 a 49 anos, ou com alta densidade mamária. Os exames deverão ser gratuitos e feitos mediante solicitação médica em unidades públicas de saúde ou em hospitais e clínicas conveniadas.

Atualmente, a lei garante às mulheres acima de 40 anos a realização da mamografia, um exame diferente, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Especialistas apontam que na presença de tecido mamário denso, o exame não se mostra adequado, nem suficiente para o diagnóstico do câncer de mama.

A proposta justifica que a ultrassonografia é um exame capaz de diagnosticar casos de câncer de mama sem sintomas e que, muitas vezes, não são identificados por meio da mamografia.

Ossesio quer incluir geriatria em programa do Ministério da Saúde

O deputado federal Ossesio Silva (Republicanos-PE) defendeu a aprovação da proposta selecionada pela bancada feminina da Câmara e destacou que o projeto terá impacto no diagnóstico precoce de mulheres jovens. 

“Essa medida é de suma importância, pois vai possibilitar a realização do diagnóstico precoce da doença agilizar o acesso ao tratamento, o que proporcionará maior possibilidade de cura. Além disso, a proposta prevê a ultrassonografia como complementação de diagnóstico da doença, agilizando o início do tratamento quando necessário. Nossas mulheres precisam ser bem tratadas. Continuaremos apoiando tudo que as valorizem e as preservem”, ressaltou Ossesio.

Diagnóstico precoce

SUS deverá realizar exames para detectar câncer em mulheres

Embora o número de mortes por câncer de mama no Brasil esteja abaixo da média mundial, com uma taxa de 62,9 casos por 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o diagnóstico precoce continua sendo a maneira mais eficaz para aumentar as chances de tratamento da doença.

Esta preocupação em garantir prevenção e evitar que mais mulheres venham a óbito fez com que o deputado estadual Gilmaci Santos (Republicanos –SP) apresentasse, em 2015, o Projeto de Lei 1199/2015 que garante a realização de exames de detecção de mutação genética dos genes BRCA1 e BRCA2 em mulheres com histórico familiar de diagnóstico das doenças.

“Com frequência, as mulheres procuram nosso gabinete com demandas em relação ao câncer de mama e de útero. Isso nos levou a propor este projeto para que as mulheres, principalmente as que já têm um histórico da doença na família, sejam as primeiras a terem direito a fazerem este exame. Se o Executivo Estadual regulamentar isso logo, vamos garantir a realização de exames e evitar muitos óbitos”, contou Gilmaci.

O procedimento para identificar os genes BRCA1 e BRCA2 ficou mundialmente conhecido após ser realizado pela atriz norte-americana Angelina Jolie. A atriz estava preocupada com o seu histórico familiar, já que sua mãe morreu em 2007, pouco tempo após ter a doença diagnosticada.

Mortalidade

Números do Datasus, do Ministério da Saúde, de 2013 a 2017, aponta que 473.762 mil mulheres foram a óbito vítimas de câncer no Brasil. No ano de 2017, por exemplo, 101.639 mulheres morreram por causa da doença. Segundo o INCA, são estimados 59.700 novos casos de câncer de mama em 2019.

Texto: Agência Republicana de Comunicação (ARCO)
Fotos: Cedidas

 

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