José de Arimateia debate o combate à dengue na Bahia em audiência pública

Deputado conduziu nesta terça-feira (17) uma audiência pública na ALBA com o tema “Impacto Social e Epidemiológico da Dengue”.

Publicado em 18/11/2015 - 00:00

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José de Arimateia conduziu nesta terça-feira (17) uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia com o tema “Impacto Social e Epidemiológico da Dengue”

Salvador (BA) – O vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual José de Arimateia (PRB-BA), conduziu nesta terça-feira (17) uma audiência pública com o tema “Impacto Social e Epidemiológico da Dengue na Bahia”. O objetivo é ampliar ainda mais o espaço de discussão em torno dos panoramas municipal, estadual e nacional da doença e trazendo dados atualizados sobre a criação e aprovação da vacina contra a enfermidade. O debate reuniu profissionais de saúde, membros do Poder Público baiano e sociedade civil interessados no combate à doença.

Segundo informações da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), até o mês de julho de 2015, foram notificados 45.538 casos suspeitos de dengue, 8.906 de chikungunya e 32.873 de zika na Bahia. O aumento nos casos da dengue cresceu 162,72 % em relação ao ano de 2014. Do total de municípios baianos, 87,5% notificaram a ocorrência da doença, contabilizando oito óbitos no total. “Diante deste panorama preocupante, é necessário discutir ainda mais sobre esta epidemia, que assola não só a Bahia, mas o Brasil inteiro. Continuo colocando o meu mandato à disposição da causa do combate à dengue”, afirmou José de Arimateia.

De acordo com o subsecretário de Saúde do Estado da Bahia, Dr. Roberto Badaró, os números justificam a importância de discutir o impacto social e a epidemia mundial de dengue. Segundo o infectologista, o Brasil gasta meio bilhão de reais por ano com a doença e, este ano, deve ultrapassar R$ 1,2 bilhões para conter mais de 1,5 milhão de casos, o dobro do que foi relatado em 2014. “São lamentáveis ainda as perspectivas de controle completo da doença, que ainda são incertas. O trabalho da Secretaria Estadual de Saúde triplicou, as ações foram intensificadas e, ainda assim, são insuficientes para que possamos fazer uma contenção desta epidemia”, lastimou Badaró.

Para apresentar uma perspectiva das arboviroses (dengue, zika e chikungunya) em Salvador, a médica veterinária da Secretaria Municipal de Saúde, Dra. Isabel Guimarães, utilizou indicadores do controle das doenças. De acordo com ela, a principal solução é o combate ao vetor (mosquito do gênero Aedes), apesar de assumir ser um grande desafio fazer este tipo de controle numa cidade como Salvador. “Em 2015, estivemos todo o ano muito mais próximos de atingir o número máximo em termos de incidência de casos de dengue”, relatou, salientando que, até o momento, foram registrados quatro óbitos na cidade, além de existirem notificações da presença de dengue, zika e chikungunya em cem por cento dos distritos sanitários de Salvador.

Uma esperança para reforçar o controle da dengue no Brasil é a criação da vacina contra a doença. Segundo a Diretora de Planejamento da Dengue do Laboratório Sanofi Pasteur, Dra. Amanda Pinho, após 20 anos de trabalho com institutos internacionais, a empresa conseguiu concluir com êxito o programa de desenvolvimento clínico para a criação da vacina contra a dengue, a primeira com eficácia e segurança comprovadas no país. No último mês de outubro, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), integrante do Ministério da Ciência e Tecnologia, deu parecer favorável à vacina, atestando a biossegurança do produto. O processo de aprovação realizado pela CTNBio é padrão e faz parte da regulamentação para vacinas recombinantes para humanos, ocorrendo paralelamente ao de licenciamento na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ainda está em processo de avaliação.

A vacina

Desenvolvida em parceria com a Fiocruz, a imunização, que é quadrivalente, contém o vírus atenuado e é composta pelos quatro tipos de vírus da dengue, recombinados com o vírus vacinal da febre amarela, tradicionalmente utilizado em vacinação. Foram comprovadas, por meio de testes, reduções de 65,6% dos casos sintomáticos, 93,2% dos casos graves e 80,8% de hospitalizações. A previsão para a disponibilização da vacina junto ao SUS é a partir de janeiro de 2016.

Texto: Maria Fernanda Patrocínio / Ascom – deputado estadual José de Arimateia
Foto: Cris Oliveira

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