Em audiência pública, Rosangela Gomes faz alerta sobre aumento da mortalidade materna de negras no Brasil

O percentual de mortalidade materna é de 62,8% de mulheres negras e 35,6% de mulheres brancas.

Publicado em 12/6/2015 - 00:00

Em audiência pública, Rosangela Gomes faz alerta sobre aumento da mortalidade materna de negras no Brasil
O percentual de mortalidade materna é de 62,8% de mulheres negras e 35,6% de mulheres brancas, segundo Relatório Socioeconômico da Mulher. Para a republicana, os índices se agravam ainda mais quando associados a questões como raça, cor e escolaridade.

 

Brasília (DF) – Por solicitação da deputada federal Rosangela Gomes (PRB-RJ), a Câmara dos Deputados realizou audiência pública para debater a mortalidade materna e o impacto sobre a vida das mulheres negras no Brasil. O evento aconteceu na última terça-feira (09), na Subcomissão Especial destinada a avaliar as políticas de assistência social e saúde da população negra.

rosangela-gomes-prb-mortalidade-materna-audiencia-camara-foto-alex-ferreira-11-06-15-02Rosangela Gomes alerta que as mulheres negras são as que mais morrem no Brasil por procedimentos obstétricos, segundo dados do Relatório Socioeconômico da Mulher. De acordo com o levantamento, o percentual é de 62,8% de mulheres negras e 35,6% de mulheres brancas. Só no Rio de Janeiro, uma mulher morre por esse motivo a cada dois dias no Sistema Único de Saúde, sendo que as principais causas de morte são hipertensão (20%), hemorragia (12%) e aborto (5%). “Infelizmente, esses índices se agravam quando associados a questões como raça, cor e escolaridade. Não podemos aceitar essa situação. As ações e políticas públicas devem ser as mesmas para todos e a mulher negra não poder ser desfavorecida”, apontou.

A parlamentar aponta que existe um ‘racismo institucional’ camuflado, uma vez que os números comprovam tal situação. “Os casos de mortes entre mulheres brancas teve uma redução significativa, no entanto, a mortalidade de mulheres negras é preocupante e temos que propor ações imediatas para reverter esse cenário”, lamenta Rosangela.

Dados apresentados por especialista durante o debate, revelam que de 2000 a 2012, as mortes por hemorragia entre mulheres brancas, por exemplo, caíram de 141 para 93 casos, por 100 mil partos. Entre mulheres negras, o número saltou de 190 para 202. Já o aborto entre mulheres brancas teve uma queda de 39 para 15, por 100 mil partos. O número entre negras subiu de 34 para 51.

Participaram do debate a Dra. Jurema Werneck, representante da ONG Criola; a professora Isabel Cruz, do núcleo de estudos sobre saúde e etnia negra da Universidade Federal Fluminense; Alaerte Leandro Martins, representante da Articulação Nacional de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (ANMB); e Larissa Amorim Borges, diretora de programas da Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados.

Texto: Fábia Andres / Ascom – deputada federal Rosangela Gomes
Edição: Laize Andrade / Ascom – Liderança do PRB
Fotos: Alex Oliveira / Agência Câmara

 

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