Por que Republicanos?

Artigo escrito por Renato Junqueira, presidente da Fundação Republicana Brasileira (FRB)

Publicado em 15/7/2019 - 00:00 Atualizado em 5/6/2020 - 10:48

Recentemente, passamos por um processo de afirmação ideológica. A alteração da sigla PRB para Republicanos não se trata de uma mudança meramente estilística com objetivos de angariar novos seguidores, como muitos partidos têm feito. De outra forma, é bem provável que tal atitude demande uma grande reorganização interna da agremiação e talvez até possamos perder o apoio de alguns que se aproximaram no passado e hoje discordam em alguma medida da nossa postura. Entretanto, sabemos que para crescer forte e saudável, às vezes, é necessário cortar em sua própria estrutura, por mais difícil que isso seja. Inclusive, essa situação lembra muito o comportamento de uma árvore que, sendo podada na estação correta, faz-se necessário que os galhos destoantes sejam retirados, a fim de que o tronco cresça robusto, vigoroso e gere bons frutos.

Diferentemente do que se possa imaginar, o nosso compromisso ideológico com o republicanismo não se alterou. Aliás, nada do que o partido está afirmando hoje pode ser considerado distante daquilo que já criamos anteriormente. A grande diferença é que estávamos emersos num contexto generalista e, por isso, deixamos de dar ênfase em alguns pontos. Portanto, o PRB continua defendendo a racionalidade e o compromisso com aquilo que é público. Afinal de contas, as virtudes cívicas que inspiram o amor e o respeito pelos bens públicos é um ideal que jamais abandonaríamos. Assim, utilizaremos esse compromisso com o republicanismo para afirmar categoricamente a necessidade de uma economia liberal e o conservadorismo nos costumes.

A Fundação Republicana Brasileira – FRB está aqui justamente para esclarecer esses dois termos. É nosso dever como instituição político-partidária auxiliar o partido na fixação do seu posicionamento político-ideológico. Sendo assim, ser liberal na economia é, em linhas gerais, acreditar que as decisões econômicas devem concentrar-se no indivíduo e não no governo. Isso nos faz pensar que o Estado deveria estar mais preocupado em garantir coisas essenciais para o dia a dia do cidadão, como a segurança pública, por exemplo. E dessa forma, por meio de um ambiente seguro e estável, as pessoas terão condições de trabalhar dignamente e lutar pelo seu pão de cada dia. Portanto, somos contrários ao pensamento de que o Estado deveria gerir grandes negócios, adquirindo grandes empresas com pouca eficiência e que acumulam casos comprovados de corrupção.

Por outro lado, o conservadorismo preza pela manutenção da ordem política, sem mudanças drásticas. Daí, observa-se a oposição aos movimentos revolucionários e progressistas. Ao dizer que somos conservadores nos costumes, estamos afirmando que defendemos a família tradicional composta por homem e mulher. Além disso, cremos na liberdade e na ordem para que os cidadãos possam, livremente, professar a sua fé sem quaisquer prejuízos à sua imagem. O conservadorismo também passa pela defesa da propriedade privada que, para essa corrente, é algo inviolável.

Em resumo, são esses os princípios norteadores do partido, que também vão orientar nossos políticos desde a tomada de decisão nos municípios até no Congresso Nacional. E para quem ficou na dúvida, a FRB esclarece: o PRB é o único partido no Brasil que continua sendo dez. Ou seja, nossa legenda permanece a mesma de sempre. Somos 10 na defesa do gasto público eficiente e racional. Somos 10 no comprometimento e respeito com a família tradicional. Resumindo: somos 10 em acreditar em um Brasil melhor!

*Renato Junqueira é presidente da Fundação Republicana Brasileira (FRB)

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