Sessão lota plenário da Câmara de Salvador para debater feminicídio

Presidente da Comissão da Mulher da Câmara de Salvador, vereadora Ireuda Silva (PRB) alertou para a necessidade de atenção a mudanças de comportamento das mulheres próximas

Publicado em 25/3/2019 - 00:00 Atualizado em 24/5/2021 - 11:29

Salvador (BA) – A Comissão da Mulher da Câmara de Salvador, presidida pela vereadora Ireuda Silva (PRB), promoveu na sexta-feira (22) uma sessão regimental que debateu o feminicídio e os impactos na sociedade brasileira. O evento reuniu representantes do Poder Público, ativistas e vítimas de agressões, e lotou o plenário Cosme de Farias.

Na ocasião, a coordenadora de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Mônica Neri, apresentou números alarmantes. Conforme a pasta federal, de 2011 a 2017, 1,5 milhão de casos foram notificados (através da central de atendimento – 180), posicionando o Brasil em 5º na estatística negativa de violência contra o gênero feminino.

Ao discursar na tribuna, Ireuda Silva alertou para a necessidade de atenção a mudanças de comportamento das mulheres próximas. “O que precisamos, independente de ser homem ou mulher, é ter esta sensibilidade. Fortalecer a rede é uma responsabilidade de todas nós, da adolescente que vai casar e ter filhos, da mãe, do homem que tem irmãs ou não tem irmãs, é preciso cuidar das mulheres”, ressaltou a republicana.

A mesa da sessão contou com as presenças das vereadoras que integram o colegiado: Cátia Rodrigues (PHS), Marcelle Moraes (sem partido), Marta Rodrigues (PT), Aladilce Souza (PCdoB) e Ana Rita Tavares (PMB).

Procuradora do Ministério Público da Bahia (MP-BA), a promotora Sara Gama apresentou dados de funcionamento referentes ao feminicídio, desde que o termo foi instituído por lei, em 2015. “Um estudo feito em São Paulo indica que a maioria dos casos acontece durante a semana, quando o agressor não está alcoolizado, para não alegar que não sabia o que estava fazendo”, frisou.

Representando a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, pasta responsável pela campanha “Respeite as Mina”, Cátia Santos destacou a necessidade de compartilhar informações para fortalecer a rede de proteção, principalmente nos municípios mais distantes. “Esse conhecimento empodera, potencializa a rede primária, aquela que socorre as vítimas”, afirmou.

 

Durante a sessão regimental, diversas mulheres foram homenageadas com placas de honra por conta de suas atuações na sociedade. Ainda integraram a composição da mesa, a desembargadora Nágila Brito; a secretária municipal de Políticas para a Mulheres e vereadora licenciada Rogéria Santos; a coordenadora da Superintendência de Prevenção à Violência da Guarda Civil Municipal, Mônica Garcia; a vice-coordenadora do grupo Mulheres do Brasil, Virginia Paschoal; e a secretária-geral da Comissão do Direito da Mulher da OAB-BA, Fernanda Barbosa.

Texto e foto: Ascom – vereador Ireuda Silva
Edição: Agência PRB Nacional

Reportar Erro
Send this to a friend