Reestruturação do sistema de transporte público já apreendeu 1.047 vans irregulares

Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) diz que o combate ao transporte ilegal era um pedido antigo dos consórcios que operam o BRT

Publicado em 4/2/2019 - 00:00 Atualizado em 15/7/2020 - 16:09

Rio de Janeiro (RJ) – A prefeitura vem tomando medidas para fortalecer o sistema BRT desde 2017. Para se ter uma ideia, nos últimos cinco meses, após reestruturar a fiscalização de vans e kombis pela Coordenadoria Especial de Transporte Complementar, foram apreendidos 1.047 veículos ilegais que atuavam no transporte clandestino de passageiros, causando evasão de potenciais usuários do BRT. Isso significa uma média de seis veículos apreendidos por dia.

Esse resultado é ainda mais impressionante quando comparamos esses cinco meses com todas as apreensões feitas em 2017: alta de 135%. Foram 447 em 2017, contra 1.047 de agosto de 2018 a janeiro de 2019.

Os dados são da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e refletem os esforços da administração municipal para reordenar o transporte público da cidade e combater a concorrência desleal dos piratas às empresas de ônibus. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) diz que o combate ao transporte ilegal era um pedido antigo dos consórcios que operam o BRT. “Os diretores do BRT diziam que em parte da Zona Oeste o sistema não tinha viabilidade econômica porque havia muitas vans piratas. Esse era o principal argumento deles para dizer que o sistema não funcionava bem. Nos últimos meses, já apreendemos mais de mil vans piratas. E o BRT não abriu uma estação sequer”, disse o prefeito.

Para o secretário de Ordem Pública, Paulo Amendola, o resultado das operações contra as vans ilegais e irregulares é uma prova do sucesso das ações da Prefeitura para organizar o sistema de transporte como um todo. “Além de trazer mais segurança de mobilidade aos usuários do sistema e aos permissionários na oferta dos serviços, a fiscalização reprime o transporte ilegal pirata, contribuindo, indiretamente, para o equilíbrio financeiro das empresas que compõem o sistema. Efeito semelhante ao do combate ao comércio irregular para com os estabelecimentos legalizados”, disse o secretário.

Ele lembra que os riscos da população ao utilizar o transporte pirata são vários, como a falta de cobertura da apólice de seguro de responsabilidade civil em caso de acidentes. Em geral, as vans piratas apreendidas estão em mau estado de conservação.

O combate à pirataria e a diminuição da concorrência desleal das vans contribuem para o equilíbrio financeiro das empresas de ônibus e, consequentemente, para a melhoria dos serviços prestados à população. Pesquisa conduzida pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e a Controladoria Geral do Município (CGM), aliás, traz dados que atestam a evolução desses serviços. Vamos aos números:

1) No quesito Conforto, 90,55% das avaliações consideraram o serviço bom/regular;

2) No quesito Segurança, a aprovação foi de 80% nos itens câmeras de segurança, anjo da guarda e forma segura de condução;

3) No quesito Confiabilidade, a regularidade e qualidade do serviço superaram os 80% como positivo.

Além disso, nos últimos 2 anos, o percentual de ônibus climatizados subiu de 42% para 61%. A meta é chegar a 2020 com 100% da frota climatizada e com internet.

Texto: Ascom – Prefeitura do Rio de Janeiro
Fotos: Michel Filho

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