Ministro do Esporte convoca Grito de Paz nos estádios de futebol

Geprge Hilton anunciou a intenção de propor duas medidas com o intuito de diminuir os casos de violência nas arenas.

Publicado em 13/2/2015 - 00:00

Ministro do Esporte convoca Grito de Paz nos estádios de futebol
Hilton anunciou a intenção de propor duas medidas com o intuito de diminuir os casos de violência nas arenas.

 

Brasília (DF) – Em reunião com membros da Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg), o ministro do Esporte, George Hilton (PRB), convocou um grito de paz para conscientizar os torcedores de que os estádios são um ambiente de celebração e para levar as famílias de volta para assistir ao grande espetáculo que é o futebol. Além disso, ele anunciou a intenção de propor duas medidas com o intuito de diminuir os casos de violência nas arenas.

“Proponho a partir de hoje um grito de paz. Para que tenhamos dentro dos estádios um grito nacional que envolva, inclusive, os secretários de esportes e as polícias estaduais. Um diálogo permanente com as torcidas organizadas dos estados para promover o que chamamos de um ‘grito de paz’. Os clubes terão um papel importante, porque o maior patrimônio do futebol e dos clubes não são os títulos, mas, sim, o torcedor”, disse o ministro. “O Ministério do Esporte vai trabalhar na parte educacional com as torcidas organizadas para fortalecer a ideia de que o grito que tem que ser dado nos estádios é o grito de paz”, completou Hilton.

Durante a reunião que debateu ações para combater a violência nos estádios, ficou definida a criação de um banco de dados com o cadastro nacional de todos os torcedores que fazem parte das torcidas organizadas e a criação de um serviço de disque-denúncia, que servirá para a população apontar os elementos que praticam atos criminosos.

“A ideia é mostrar que as torcidas são uma manifestação cultural e é importante que elas sejam preservadas, mas elas não podem permitir que seus membros tenham atitudes de delinquentes. A torcida é uma manifestação importante no esporte e precisa ser protegidas dos maus elementos”, frisou o ministro George Hilton.

Para o presidente da Anatorg, André Azevedo, o debate contra a violência vai além dos estádios de futebol. “A discussão não é sobre o fim das torcidas. Estamos falando de pessoas. Se fecharmos as torcidas, o mau elemento vai continuar sendo um mau cidadão e vai ser inserido na sociedade e cometendo atos ilícitos em outros lugares. O debate abrange muito mais do que o futebol e, sim, uma conscientização do cidadão”, disse.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 1,5 milhão de pessoas relacionadas com as torcidas.“O cadastro não vai somente para a prevenção da violência e punir um indivíduo. Com os dados poderemos contar com parcerias estaduais para implementar políticas públicas, de ressocializar o torcedor, oferecer projetos educacionais, sociais e profissionais. Então é um número importante não só para combater a violência, mas para aproveitar para fins sociais”, completou o dirigente da Anatorg, Flávio Coelho.

Criada há dois meses, a Anatorg é fruto de um trabalho de diálogo promovido pelos seminários de torcidas organizadas realizados pelo Ministério do Esporte desde 2008. “É um avanço as torcidas organizadas criarem um instrumento de união e diálogo, como a Anatorg. Nós temos uma agenda para discutir, não só com as torcidas organizadas, mas com os clubes algumas ideias e sugestões para elaborar uma proposta que venha diminuir e muito o número de violência que acontecem dentro e fora dos Estádios”, ressaltou o ministro.

No período da manhã, o ministro George Hilton se reuniu com o estudioso e ex-membro de torcida organizada Leonardo Freitas, que entregou um estudo empírico sobre a violência dentro das torcidas organizadas. “Sabemos que a torcida organizada é uma representação da sociedade, com pai de família, médicos, advogados e também pessoas violentas. O encontro foi para mostrar que as torcidas organizadas não são todas por si violentas. Nós temos dados que mostram que somente de 5% a 7% dos torcedores organizados são violentos, dos quais muitos desses não são cadastrados dentro das torcidas. Os números mostram que os torcedores não são violentos e as torcidas estão propensas a retirar as pessoas violentas no meio das torcidas organizadas”, analisou.

Próximo passo

O grupo interministerial, que vai envolver também os clubes e as torcidas organizadas, vai trazer o texto atualizado do relatório da Comissão Paz do Esporte para debater os pontos com as entidades envolvidas. Na próxima semana, o ministro George Hilton vai se reunir com os clubes para tratar do tema.

 

Texto: Breno Barros / Ascom – Ministério do Esporte
Foto: Ascom – Ministério do Esporte

 

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